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A devoção ao Sagrado Coração no século XVII

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No início do século XVII a devoção ao Sagrado coração de Jesus difundiu-se especialmente por meio dos padres jesuítas. Recordamos alguns dentre os mais conhecidos. Na Espanha Luis De La Puente tratou desta devoção nas suas numerosas publicações. Na Hungria Matyas Hajnal escreveu em língua húngara um livro de orações, no qual expõe “A devoção para os corações que amam o Coração de Jesus”. Na Polônia Kasper Druzbicki compôs o tratado “Meta cordium Cor Jesu”. Na França Vicent Huby propagou esta devoção nas missões paroquiais na Bretanha e nos cursos de exercícios a grupos de dezenas de pessoas.
A atividade dos padres jesuítas e de outros propagou a devoção ao Sagrado Coração em âmbito público, mas não muito vasto. Um grande passo adiante verificou-se mediante S. João Eudes (1601-1680). Grande foi a sua obra na difusão da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria. A ele devemos a primeira composição da Missa e do ofício em honra ao Sagrado Coração. Leão XIII � que conhecia muito bem a história desta devoção � considerou-o “autor do culto litúrgico dos Sacratíssimos Corações”.
Cinco anos depois da aprovação da missa verificaram-se as revelações de S.Margarida Maria. Alacoque (1647-1690) em Paray-le-Monial, de 1673 a 1675. S.Cláudio de la Colombière, jesuíta, confessor da vidente, considerou verdadeiras as revelações. Pouco depois, em 1676, ele foi enviado à Inglaterra. Devido a acusações falsas foi preso e adoeceu gravemente.
Foi mandado novamente à França em 1679, o seu estado de saúde não o permitiu de difundir a devoção ao Sagrado Coração. Inculcou-a aos estudantes jesuítas, dos quais era diretor espiritual. Morreu em 1681.
Entre aqueles estudantes havia Giuseppe Gallifet s.j. (1663-1749), que assimilou fortemente a mensagem das revelações. Ordenado sacerdote dedicou uma atenção extraordinária em ilustrar e difundir as revelações e a devoção ao Sagrado Coração.
Em tempo razoavelmente breve as revelações de S. Margarida concorreram enormemente ao movimento extraordinário de devoção. Ele sustentou S. Margarida e compôs a Missa em honra ao Sagrado Coração “Venite, exultemus”, e o ofício correspondente. O bispo de Coutances, Don. Francesco de Lomènie de Briene, em 1688 aprovou o formulário da missa e permitiu a celebração da festa litúrgica do Sagrado Coração na sexta-feira depois da oitava de Corpus Christi.

Comunidade Católica Shalom


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