Formação

A Exaltação da Santa Cruz, um grande exercício de gratidão

No dia de hoje, a Igreja celebra o Cristo, que se oferecendo como holocausto de expiação de nossos pecados, deixa-se morrer para renascer.

comshalom

Hoje, 14 de setembro, é um dia muito especial, pois a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz. A oferta amorosa de Jesus, sua paixão e morte, conseguiram ressignificar até mesmo o simbolismo de um objeto tão desprezível no mundo antigo, no imaginário do povo romano e judeu, a cruz.

Sim, esse objeto era símbolo de terríveis maldições, só os grandes criminosos passavam por esse suplício. Jesus, porém, a elevou, a exaltou, de modo que agora é símbolo de vida, expressão do amor e da misericórdia libertadora de Deus. São Paulo foi um dos que, de tão convencido desse princípio de vida e luz escondido na cruz, pregou com palavras e com atos concretos a seguinte mensagem:

“Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1,22-25).

Paulo aponta nesta perícope algo interessante, e que expressa muito bem como os judeus e os pagãos viam a cruz. Os Judeus a viam como um escândalo, os Romanos a viam como insensatez e loucura. Mas, tanto um povo quanto o outro, ao mergulharem na essência da oferta amorosa de Cristo, ao acolherem seu chamado, vão perceber que essa cruz é símbolo do poder de Deus, da sabedoria de Deus.

Sim, na cruz vemos um Deus que mostra, com atos concretos, que é próprio do amor abaixar-se, doar-se por inteiro até o fim. Exaltar a Cruz de Cristo significa então declarar que ela é símbolo da libertação e da oferta amorosa de Jesus. Revela ainda a vitória da misericórdia e do amor de Deus sobre o pecado dos homens; da vida sobre a morte; do bem sobre o mal; da luz sobre as trevas.

Que esta celebração possa nos fazer olhar com um sentido mais profundo e agradecido para esse símbolo bendito. Que seja sempre um estímulo de louvor e gratidão. Se você a traz no pescoço, no terço, na forma de anel etc., cultive um santo exercício: ao acordar beije-a; ao dormir beije-a; diante de uma tentação beije-a; se está feliz, beije-a; se está triste beije-a. Pouco a pouco, uma felicidade madura e lúcida e uma grande gratidão vão surgir em seu coração.

Deus lhe abençoe sempre, Shalom!


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