Em tempos de eleições, muitos candidatos e partidos dizem que a Igreja deve ter a coragem de sair de cima do muro e tomar posição. Outros querem que a Igreja fique fora do debate político-eleitoreiro. Ao dizer Igreja, se referem à instituição, representada por padres e bispos.
O ensinamento da Igreja faz uma distinção entre a missão do clero e a missão dos leigos. Recomenda aos leigos a participação ativa em eleições democráticas, mas proíbe ao clero a participação direta na luta pelo poder político. Como é que um padre pode cumprir a sua missão de promover a unidade na comunidade, se ele mesmo se envolver nas brigas dos partidos e dos candidatos?
Propostas contrárias ao Evangelho
A situação fica mais complicada quando partidos ou candidatos têm nas suas propostas coisas claramente contrárias aos princípios cristãos. Quando um partido pretende incluir nos direitos humanos o “direito” a provocar um aborto, a Igreja não pode deixar de denunciar a imoralidade de tal proposta.
O mais importante dos direitos humanos é o direito à vida. O ser humano que mais precisa de proteção é a vida nova que se forma no ventre materno. Seu futuro depende inteiramente do amor da mãe e da responsabilidade do pai.
Formação para o amor
É claro que a missão principal da Igreja é a formação dos jovens e dos pais para o amor. Não conseguindo isso, precisa apelar para a responsabilidade do poder civil que tem o dever de defender os mais fracos. Se todos fossem bons cristãos, o País não teria necessidade de tribunais e prisões para ladrões, traficantes e assassinos.
No mundo real, mesmo com leis rigorosas cobradas por tribunais e sancionadas pelos castigos das prisões acontecem muitos crimes. Como seria um país sem leis? Apenas com a lei do mais forte?
Na política, a Igreja não deve ir além de um trabalho de conscientização para levar o eleitor a examinar a vida, as capacidades e as propostas dos candidatos e dar o seu voto a quem possa trabalhar melhor para o bem comum do País e do Estado.
Fico triste com a contradição. Uns candidatos é CONTRA o aborto, mas é A FAVOR da pena de morte: “bandido bom é bandido morto”. Vida é vida.
Também não entendo…