A paralimpíada do Rio de Janeiro encerrou na noite deste domingo, 18, e reuniu atletas do mundo inteiro que competiram bravamente dentro de suas limitações físicas ou mentais. Porém, o mais importante desses vencedores são seus testemunhos e histórias de vida, superações e vitórias conquistadas pelo esporte.
O para-atleta brasileiro Clodoaldo Silva, conhecido como o “tubarão paralímpico”, tem os movimentos das pernas debilitados por falta de oxigenação no cérebro durante o parto. Por necessidade, após quatro cirurgias, fez da natação sua profissão. A gaúcha Mônica Santos, é esgrimista. Aos 18 anos de idade, com sua medula comprimida, preferiu ficar paraplégica a abortar a filha. Matt Stutzman – arco e flecha, nasceu sem os membros superiores, mira o alvo com os pés e hoje é um dos melhores arqueiros do mundo.
Poderia aqui citar várias outras histórias que foram transformadas por acidentes de carro, atropelamentos, doenças e muito sofrimento até chegarem pelo esporte ao pódio , e hoje são lições de vida!
Diante de tantas lutas, desafios e dores destas pessoas, chamou atenção o desabafo de Marieke Vervoort, para-atleta belga do atletismo: “todo mundo me vê com a medalha de ouro, mas ninguém vê o lado obscuro”. Ela sofre de uma síndrome degenerativa que paralisa suas pernas, e pensa em recorrer à eutanásia na Bélgica, após a disputa dos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro.
Papa Francisco no documento ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), deixa bem claro que “a eutanásia e o suicídio assistido são graves ameaças para as famílias, em todo o mundo. A sua prática é legal em muitos Estados. A Igreja, ao mesmo tempo que se opõe firmemente a tais práticas, sente o dever de ajudar as famílias que cuidam dos seus membros idosos e doentes”.
Em 2008, a atleta foi diagnosticada com a enfermidade, que a deixou em uma cadeira de rodas. Mas foi justamente a paixão pelo esporte que a fez superar o início difícil após receber o diagnóstico, e que lhe deu um novo sentido de vida, mas que agora parece já não fazer tanto sentido assim, mesmo tendo tantas medalhas.
Em 1 Cor 24-27 “ Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”, São Paulo motiva a todos a lutar até o final pela coroa e o prêmio certo da justiça divina.
Não é fácil enfrentar tantos desafios e ser um verdadeiro atleta de Cristo, mas ao final de tudo optar,sim, pela vida, com certeza será o melhor prêmio a ser recebido.
Ângela Barroso