Autoconhecimento: Compreenda o significado e confira dicas de especialistas

É de grande importância saber e conhecer verdadeiramente as próprias qualidades, capacidades, desejos, além de imaturidades e pontos para mudar. Este processo é longo, de acordo com a psicóloga e consagrada da Comunidade Católica Shalom Liza Maria Studart de Meneses (CRP 11/ 17359 ), que atende pelo viés da Logoterapia (Pesquisa e formação em Suicidologia). O autoconhecimento é o conhecimento de si próprio, logo é “conhecer seus defeitos, suas qualidades, se reconhecer na sua história de vida, se reconhecer no mundo em que vive, e também se reconhecer dentro de si mesmo”, explica. Além disso, pode se reconhecer também diante do olhar de Deus.

Dentro deste processo de autoconhecimento é necessário um caminho que exige atenção, exercício e reflexão. Para te ajudar, a consagrada deu algumas dicas deste processo. 

A importância do autoconhecimento

Segundo Liza, é preciso se questionar, “Quem eu sou? O que faço? Por que gosto/quero determinadas coisas? Por que escolher tal profissão/ pessoa/ ação?” Ao se questionar e se encontrar em si as respostas, a pessoa pode compreender-se, através do autoconhecimento, e assim, aceitar as próprias qualidades e defeitos. “A pessoa pode, se reconhecendo desta forma, reconhecer enquanto ela é e da forma que ela é, e não a partir de outras pessoas, mas principalmente a partir dos olhos de Deus.” Liza explica ainda que só será possível melhorar nos defeitos, a partir do pleno domínio e conhecimento de si mesmo.

De acordo com a consagrada, após se conhecer enquanto defeitos e qualidades, ou seja, saber de fato quem você é, o segundo ponto é ao superar. “E a partir deste reconhecimento das minhas qualidades, poder direcionar as qualidades, os dons que tenho, para aquilo que é bom, verdadeiro e belo. Poder usar, de fato, virtudes, qualidades para aquilo que é bom. Eu me conheço, conheço quem eu sou, me reconheço enquanto pessoa no mundo, aceito que sou desta forma, reconheço os meus defeitos e busco melhorar. Reconheço minhas qualidades e busco mostrá-las”, afirma Liza.

Ferramentas de autoconhecimento

A psicóloga conta ainda que normalmente as pessoas possuem um olhar deturpado sobre si mesmas. “Ou nos colocamos menos do que somos, ou nos colocamos mais do que somos. É muito difícil ter um olhar justo e ajustado sobre nós“.

Para este processo de autoconhecimento é fundamental a ajuda de outras pessoas, mas não muitas. Por isso, Liza sugere que busque uma autoridade (familiares, pastor de grupo de oração, formadores, acompanhador, etc.), ou um amigo em que se confia e pode mostrar algo benéfico.  

Uma outra ferramenta que pode ser buscada é a psicoterapia. Um apoio profissional favorece nessa busca constante sobre si mesmo.

Maturidade, chave fundamental

Neste processo, é necessário muita maturidade, pois o autoconhecimento é um “lugar”, explica a psicóloga, que permite se conhecer. É preciso ter autodomínio, ou seja, o controle de si mesmo. E para este caminho é preciso desejar dar o passo para o conhecimento da sua história, decidir mudar a direção, ser vigilante. 

Muitas pessoas param no desejo e não seguem adiante, frustram-se. Outras desejam, conhecem a si mesmo, mas não reconhecem a necessidade de mudança e morrem na praia, pois não dão passos. Alguns chegam a decidir mudar a direção, mas não são vigilantes, daí se perdem nas “armadilhas” psíquicas e desistem.

Além de se conhecer é preciso melhorar, não apenas desejar, mas agir, buscar formas de ser e se ver como Deus te vê. 

Uma oportunidade de autoconhecimento