Formação

A Obediência na Vocação Shalom

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“Cada irmão da Comunidade de Vida consagrou-se livremente ao Senhor, com o intuito de buscar em tudo fazer a sua Vontade. O Senhor nos concede o grande dom da obediência como trilha para conhecermos melhor e nos unirmos perfeitamente à santa Vontade de Deus” (ECCSh, 129).

“Cada irmão da Comunidade de Aliança consagra-se livremente ao Senhor com o intuito de fazer somente a vontade de Deus. De sua parte, o Senhor concede-lhe o dom da obediência, para que em tudo procure conhecer e fazer esta vontade que, para nós, se manifesta através da Palavra de Deus, da Igreja, dos Estatutos da Comunidade e das autoridades constituídas” (ECCSh, 228).

Como aos outros conselhos evangélicos, somos chamados pelo Senhor a viver o dom da Obediência. Temos nela um seguro caminho de santidade, de escuta e cumprimento da Vontade de Deus, tanto para a Comunidade de Vida como para a Comunidade de Aliança. Na Vocação Shalom, vivemos esse dom e por ele nos deixamos santificar através do Magistério da Igreja, das Sagradas Escrituras, da nossa vida expressa nos nossos Estatutos e Regras, das nossas autoridades e da nossa própria vivência comunitária cotidiana.

“Para nós, a Vontade de Deus se manifesta de maneira concreta através da sua Palavra, da Igreja, das Regras, dos Estatutos e das autoridades constituídas na Comunidade”. Deus se revela na sua Palavra e a Palavra de Deus deve ser para cada irmão a suprema regra a ser vivida. Abracemos e nos submetamos a esta Palavra que nos é transmitida e interpretada corretamente segundo o Magistério da Igreja. Por isso, toda a Comunidade ame e se submeta à Igreja, grande Sacramento de Cristo, manifestando esta submissão de uma maneira particular através do Amor e submissão filiais ao Santo Padre e aos senhores Bispos” (ECCSh, 130).

A Palavra de Deus é presença ativa da voz do Senhor para a Comunidade; através dela conhecemos, vivemos e amamos o desígnio Divino para nós. A obediência, no amor e submissão ao Magistério da Igreja, é caminho de salvação para a humanidade e, como não poderia deixar de ser, também o é para nossa vocação.

“A obediência deve ser vivida como uma grande fonte de bênçãos. Ela é o eficaz instrumento que o Senhor utiliza para purificar a nossa vontade, libertando-nos de nós mesmos e de possíveis enganos próprios para podermos fazer em tudo a Vontade de Deus e sermos livres para o nosso seguimento do Senhor Jesus” (ECCSh, 131).

O mundo de hoje vive mergulhado em muitas mentalidades que não se originam nos ensinamentos de Cristo. Grande parte das pessoas busca uma “independência” de qualquer instrumento que não esteja de acordo com sua vontade imediata. Vivendo a obediência na nossa Comunidade, vemos a mão do Senhor que nos purifica, nos molda segundo a sua Vontade e nos mostra verdadeiramente quem somos nós e quem Deus é Ele.

Se por meio da Pobreza nos despojamos das coisas e na Castidade nos despojamos dos relacionamentos desordenados com as pessoas, vivendo a Obediência encontramos a verdadeira “liberdade de nós mesmos”, tornamo-nos livres para a santidade que Deus preparou para cada um de nós.

“A obediência também gera em nós um coração pequeno e humilde, indispensável para vivermos toda a perspectiva sobrenatural do Reino de Deus. Por isso, cada irmão deve cultivar uma obediência confiante e humilde para com as autoridades da Comunidade, sabendo que o exercício desta graça exige que vejamos em nossas autoridades a pessoa de Jesus Cristo, fonte e fim da nossa obediência” (ECCSh, 132).

O próprio Jesus, estando entre nós, quis se submeter. O Filho de Deus submeteu-se, na sua Encarnação, ao tempo humano (“chronos”). Ele, o Eterno, o Senhor de todas as coisas, submeteu-se a uma mera condição humana diante da sua infinita perfeição de Deus; Ele é o nosso perfeitíssimo modelo de pronta e disposta obediência à Vontade do Pai. Ele, que renunciou a tudo, inclusive a si mesmo, mostra-nos a felicidade na sua morte e Ressurreição. É a este Cristo, pobre, casto e obediente, que somos chamados a ver e obedecer em nossas autoridades na vida comunitária.

“Tenhamos sempre diante de nós que a obediência é um autêntico caminho de perfeição (Santa Teresa de Jesus) e por isso ela é geradora de santidade pessoal e comunitária. Abraçando-a de bom coração, chegamos à plenitude da pobreza e do abandono nas mãos do Senhor. Ela é, ainda, porta para humildade, desapego, simplicidade e alegria” (ECCSh, 134).

Revista Shalom Maná / Nov 2007

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