“Porque o teu esposo será teu criador, Iahweh dos Exércitos é seu nome” (Isaías 54).
É com esta passagem que começo meu testemunho, porque na verdade foi assim que Jesus claramente me falou do seu amor apaixonado por mim e o quão Ele me queria como Sua esposa. Me chamo Bruna, tenho 25 anos, sou consagrada da Comunidade de Vida e há pouco mais de 1 mês fiz meus primeiros votos no celibato.
Escrever sobre a minha decisão em abraçar o Celibato pelo Reino dos Céus na minha juventude é, na verdade, proclamar a misericórdia insistente do Bom Deus por mim e a Sua pressa em querer terminar a obra começada. Venho de uma família de parâmetros normais (e nela não se espera filhos, nem missionários e nem celibatários). Entrei na Comunidade com 20 anos e nesse período pouco ou nada sabia o que era a vivência da virgindade consagrada, ainda mais já desde a juventude. Interessante porque a única coisa que entendia era sobre a máxima disponibilidade missionária e apostólica que essas pessoas eram chamadas a ser.
Entre os anos de 2022 e 2023, vivi um processo paciente de escuta da voz de Deus, de muito medo e resistência da minha parte, e por fim, da vitória Dele. Esse mega resumão esconde muitas experiências que as entrelinhas do amor de Deus foram me conduzindo a ter e como é bom dizer hoje que Deus venceu, vence e vencerá eternamente!
>>> Especial: O Celibato na Vocação Shalom
Assumir a vontade de Deus nunca vai ser fácil, ainda mais quando não se é o “natural”, o que se espera e o que se idealiza. E sim, idealizar um matrimônio dentro da Comunidade foi uma das inúmeras questões que levei para Deus quando tratava das renúncias que muito iriam me doer fazer para assumir Sua vontade.
Fui descobrindo ao longo do processo de discernimento e permaneço descobrindo que a questão nunca foi o que deixei, o que perdi ou o que doeu ofertar. Todavia sempre foi e será o que recebi, o que ganhei e o que me preencheu – e aqui não se trata de teoria da prosperidade – se trata de plenitude; porque se trata de Amor e de um amor que não saberia explicar em um post. No momento, só vivendo mesmo para entender!
Sobre ser radical para tomar tal decisão: se eu não estivesse em meio aos jovens acho que não conseguiria! Se Deus não tivesse falado diante dos jovens no Congresso de Jovens Shalom, em Belém, muito provavelmente não retornaria meus processos de discernimento. Para cada pessoa Ele tem uma sabedoria e uma condução específica. Para mim vem sendo dessa forma tão única e especial.
Por fim, sem místicas experiências vou me surpreendendo a cada dia com tão grande e belo Amor e, claro, me acostumando a usar uma aliança e dizer que sou noiva de Jesus.
Como é bom te amar, Jesus. E quero te amar para sempre.
Bruna Freire,
Celibatária e Consagrada na Comunidade de Vida.
Bendito seja Deus, Bruna, por tua escolha por Jesus! Teu Sim é testemunho para muitos!