Muitas vezes por falta de compreendermos o significado de coisas muito simples perdemos a riqueza de aspectos da vida cristã que são fundamentais. Como por exemplo: ao falarmos de corporeidade e de sexualidade. Ficaremos surpresos ao descobrir como Deus ao nos criar e dar-nos um corpo quis revelar ao homem dimensões importantíssimas de sua vocação. E mais ainda, como a sexualidade humana traz em si normas, exigências que ela mesma faz para poder se desenvolver.
Não mais estaríamos falando de regras …………. (não consegui interpretar a palavra) externas que às vezes nos fazem cair no puro moralismo, mas partiríamos de uma compreensão de nossa própria natureza caminhando em busca de crescimento. É assim que expondo a sexualidade humana à luz do Mistério de Cristo é que podemos enxerga-la como um chamado a realizar aquela Caridade que o Espírito Santo infundiu em nossos corações.
A sexualidade é uma componente fundamental da nossa personalidade. É um modo de ser e de se manifestar, de comunicar-se com o outro, de sentir, de expressar e de viver o amor humano. Portanto ela é a chave para o desenvolvimento harmonioso da nossa personalidade.
Faz-se necessário compreender que esta abrange não somente o plano físico, mas também o plano psicológico e o plano espiritual, marcando toda sua expressão. Orientá-la, elevá-la e integrá-la pelo amor é o único meio de torná-la verdadeiramente humana.
Jesus indicou-nos também, pela Palavra e pelo exemplo, a Vocação ao celibato, a virgindade por causa do Reino dos Céus. O celibatário, por não estar condicionado às obrigações nupciais, está mais disponível para o amor gratuito dos irmãos. Exprime melhor a doação de Cristo ao Pai pelos irmãos e melhor prefigura a realidade da vida eterna.
Se por um lado implica numa renúncia ao amor típico do matrimônio, por outro assume de um modo mais profundo e evidenciado essa dinâmica do amor oblativo aos outros, que é um aspecto inerente à sexualidade. Em suma, a sexualidade é chamada a exprimir valores diversos a que correspondem exigências morais específicas, no diálogo interpessoal e na abertura ao dom de si. A vida afetiva, própria de cada sexo exprime-se de modo característico nos diversos estados de vida; no matrimônio, no celibato, naqueles que caminham em um processo de discernimento. Integrar a sexualidade, ordená-la para o amor, é o dever de cada cristão.
Para chegarmos a uma concepção cristã do homem e de sua sexualidade devemos antes atribuir, ou mais que isso, reconhecer ao corpo humano a sua função particular: O corpo contribui para revelar o sentido da vida e da vocação humana. Ao que chamaremos de ora em diante de corporiedade definiremos como sendo o modo particular, específico de existir e de agir que é próprio do espírito humano.
Em poucas palavras: O corpo revela o homem.
Este primeiro significado é de natureza antropológica, mas há também um significado de natureza teologal: O corpo participa na revelação de Deus e de seu amor criador enquanto manifesta o homem como criatura.
Deus criou o homem, criou-o alma e corpo. O corpo é testemunha da criação, portanto não pode ser compreendido senão sob a ótica do amor de Deus, do amor com o qual foi criado. Desse dom do amor o corpo procede e a ele está ligado em uma íntima relação de dependência que imprime no homem um caráter oblativo, essencial para se entender a sua vocação.
O corpo enquanto sexuado exprime a vocação do homem à reciprocidade, isto é, ao amor e ao mútuo dom de si. Deus criou o homem e a mulher para dizer-lhes que, em sua diversidade, são iguais em natureza e em dignidade. Ao mesmo tempo semelhantes para se compreenderem a diferentes para se completarem. Ser homem e ser mulher constituem dois modos segundo os quais a criatura humana realiza a sua participação no ser divino pois foram criados à imagem e semelhança de Deus. Por sua natureza, a pessoa humana exige uma relação de (autoridade? ). Por isso, o homem e a mulher, realizam completamente a sua vocação não só como pessoas singulares, mas também como casal.
Orientados, para a união e fecundidade, o homem e a mulher casados participam do amor criador de Deus, vivendo a comunhão com ele através do outro. O pecado obscurece a percepção deste aspecto, mas seu significado permanece inscrito no profundo do coração humano como uma exigência do dom recebido.
“Somente no Mistério do Verbo Encarnado encontra verdadeira Luz o mistério do homem.” (Gs,22). Assim é que se compreende que a nossa existência humana não pode encontrar seu significado fundamental se não for sob a luz do nosso chamado a participar, mais ainda, viver a vida divina .
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