Formação

A vida de louvor na vocação Shalom

Para ter uma vida de louvor, é preciso começar pela oração.

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(imagem/comshalom)

O louvor é uma forte característica da graça da Renovação Carismática na Igreja. A experiência da efusão do Espírito Santo nos lança naturalmente em uma vida de alegre louvor ao Pai, que nos cumulou de graças por Jesus Cristo e constantemente nos renova no seu Espírito.

A Comunidade Católica Shalom, como fruto dessa experiência tão ligada à sua existência, é também chamada e impulsionada a uma vida de intenso louvor. O louvor é parte integrante da nossa vocação, através dele aprofundamos diariamente a vitalidade própria dos filhos de Deus.

Essência da nossa intimidade com Deus

Tratando da intimidade com Deus na Comunidade de Vida, nossas Regras afirmam: “O louvor faz parte da essência de nossa intimidade com Deus. Nossa vocação é a de louvar o Pai por, com e em Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. O louvor deve ser sempre marcante em nossa oração e em nossa vida diária, em uma postura de contínua gratidão ao Pai. Esta é a nossa vocação. Que o nosso louvor alcance as nossas atividades diárias: trabalho e descanso, dores e alegrias, transformando-as em ofertas agradáveis Àquele que vive” (RVSh, 87).

Em nossa vocação, Deus nos chama não só a ter momentos de louvor, mas a trazer essa graça para todos os momentos da nossa vida, ou seja, a deixar que o próprio Espírito transforme as nossas ações, pensamentos, gestos e tudo mais em um autêntico louvor ao Pai, em Cristo Jesus.

Dirigindo-se à Comunidade de Aliança: “Nossa vida de oração e louvor não pode ser restrita aos momentos fortes de oração pessoal e comunitária. Estes momentos serão como fontes que devem irrigar e inundar nossas vidas com o amor de Deus. Alimentados por estes momentos, precisamos viver constantemente louvando o Senhor, em todas as nossas atividades, santificando-as e tornando-as formas de louvor. Os nomes de Jesus e Maria devem estar sempre presentes em nossos corações e lábios. Todos os nossos trabalhos e lazeres serão assim ação de graças Àquele que vive” (RVSh, 190).

Marca indelével

O louvor é uma marca indelével da nossa vocação e deve ser alimentado dia-a-dia por cada irmão, seja nos momentos de alegria ou nas situações difíceis da vida.

Com certeza, é mais difícil manter o louvor nas adversidades e quando Deus contraria os nossos desejos pessoais. No entanto, a alma que o conhece de fato, sabe que Ele é fiel e que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28). Nesses momentos, o louvor torna-se como uma fonte de reconciliação com Deus e com a sua santa vontade, que é sempre perfeita. O louvor nos dá os olhos de Deus para compreender o que estamos vivendo e gera em nós um coração pacificado diante daquilo que tenta tirar a nossa paz.

Contudo, para ter essa vida de louvor, é preciso começar pela oração. “Como uma comunidade carismática de louvor, vivemos na oração comunitária este chamado em toda a sua potência e plenitude, permitindo que o Senhor possa nos curar e edificar através da ação do Espírito Santo, por meio do livre e abundante uso dos seus carismas (cf. 1Cor 12) e de uma total abertura à sua unção e condução” (RVSh, 76). A vida de oração da Comunidade está fundamentada no louvor. Através dele, nos abrimos aos carismas do Espírito Santo e nos tornamos mais dóceis à sua voz.

Gratidão

Para crescer na vida de louvor, basta lembrar que somos devedores de Deus. Como não ser gratos Àquele que nos criou, salvou e escolheu tão somente por misericórdia? Basta olhar a sua grandeza e a nossa pequenez, bem como nos lembrar de onde Ele nos tirou e a dignidade que nos concedeu: sermos chamados seus filhos. Diante de tanta graça recebida, sem que merecêssemos um só dos favores divinos, só nos resta dizer: “que fazer, ó Senhor, a não ser amar-te perdidamente!

Entregamo-nos a ti com toda a nossa fraqueza e, apesar dela, nos consumir de amor por ti e ser servos de teu Reino? Nosso coração só pode ter gratidão ao Senhor, gratidão eterna e unir todo o nosso ser para corresponder a este amor perfeito com que Ele nos ama” (RVSh, 212-213).

Que o Senhor nos dê a graça de viver este nosso chamado em toda a sua plenitude!

 


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