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A vontade de Deus não é o óbvio

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Ranny Almeida, consagrada da Comunidade de Vida na missão de Guarulhos, nos conta sobre seus Primeiros Votos no Celibato pelo Reino como a mais jovem celibatária da missão e partilha a emoção de se reunir com toda a sua família para a primeira foto com todos os seus irmãos e seus pais, visto que quando sua irmã mais nova, Marianna, nasceu, ela já tinha se tornado missionária!

Uma dança

Sou Ranny, tenho 24 anos, sou a filha mais velha de uma grande família – grande mesmo, somos 10 filhos. Sou PhD em chá de fraldas, dar colo, colocar crianças para dormir, preparar mamadeiras, lavar roupinhas com sabão de coco, decoração de quarto infantil, montagem de berço e até pintura eu já fiz… Então, a maternidade e o desejo por ela sempre foram algo muito forte dentro de mim. Era bem certo o meu conto de fadas: um príncipe, filhos e felizes para sempre!

E foi numa dança que tudo mudou…

Em 2012 aconteceu o Congresso Jubileu do Centro de Formação e o tema era Estado de Vida. Na época, eu tinha 17 anos, estava vivendo meu primeiro ano de vocacional e não estava nem um pouco preocupada com o assunto, mas fui. Estava aberta? Não.

Até uma dança… Ensaiamos uma coreografia simples de uma música que diz: “O Matrimônio se inspira no Pai. O Sacerdócio se inspira no Filho. O Celibato se inspira no Espírito Santo”. E foi ali a minha primeira experiência com o Celibato. Eu não passei a querer ser celibatária, mas era um sentimento diferente. Deus me fez compreender que eu precisava me reconciliar com esse Estado de Vida e seria a partir daí que Ele revelaria o meu. Guardei no coração.

A vontade de Deus não é o óbvio

Em 2015, meu ano de discipulado, ouvi uma frase que me inquietou e me fez rezar: “A vontade de Deus não é o óbvio”. Lembrava da minha família, dos meus desejos, sonhos, planos… O que era tão óbvio assim? Rezei, rezei, rezei. Era uma inquietação diferente. Entendi que Deus queria começar a falar sobre o meu Estado de Vida. Rezei mais ainda. Mais uma vez Ele me apresentava o Celibato e agora era diferente, eu já o desejava.

O que é o Celibato para mim?

Uma prova de amor. Ele me quis, Ele me escolheu. Canto como Maria: “Ele viu a pequenez de sua serva (…) O Poderoso fez por mim maravilhas!”. Vivo uma experiência única, sobrenatural, cheia do mistério do amor de Deus. Sinto-me plena, realizada! Ele mudou todos os meus planos para me dar os Seus, que com toda certeza são muito melhores, muito mais felizes.  Bendito seja Deus!

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