Agostinho sempre foi para mim um grande amigo no céu. Sinal real de que tudo pode ser mudado pela força da oração. Sinal visível de que a busca incansável pela Verdade, termina em si mesmo, no interior de nós; local onde habita o Rei e Senhor de tudo; onde o Criador, apaixonado por sua criação, é incapaz de deixá-la.
Agostinho é exemplo concreto do quanto podemos nos perder de nós mesmos sem Deus. Pois a Verdade tão desejada era Aquele de quem fugia e, portanto, impossível se esconder.
Agostinho lutou para ser feliz por si. Julgou no prazer, na fama e nas coisas materiais, estar a felicidade de sua busca. Ah essa busca… Mal sabia que foram as lágrimas da mãe que lhe limparam a visão. A insistente e silenciosa oração maternal, construía a via pela qual O Amor se revelou morada.
Tudo, então se tornou novo para ele. Enfim, completara sua carreira! Encontrou a verdadeira Verdade e ela o libertou. Ó liberdade! Infinita caridade! Veio assim, a descoberta de que em tudo havia Deus e este tornou-se sentido e razão para louvar e enfim se render.
“Como chorei por causa de Teus hinos e cânticos, comovido pelas suaves palavras do canto de Tua Igreja! As palavras fluíam em meus ouvidos e instilava-se a verdade em meu coração, fazendo arder a piedade; corriam-me as lágrimas e sentia-me bem.”
Ao encontrar A Verdade, descobriu o Amor como um só, indivisível. Ele mesmo: Seu Senhor. Fim último daquelas lágrimas de sua mãe Mônica. Uma vida que encontrou dentro de si razão e sentido: “És o meu Deus, por Ti suspiro dia e noite.”
Feliz dia, Agostinho! Obrigada por me ajudar no caminho, através de sua intercessão no céu. Obrigada por me ensinar a buscar a Verdade e dela não mais me apartar. Bendito seja esse Deus que reúne céu e terra no amor de Cristo: verdadeira Verdade e Vida plena.
Girlaine Soares
Consagrada na Comunidade Aliança
Missão Rio de Janeiro