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Ambalakazara: O “vilarejo sorriso” em Madagascar

Sim, há esperança em meio ao caos. Eles nos lembraram disso.

comshalom

Um lixo ao ar livre, com rostos esperançosos que sobrevivem em meio às circunstâncias mais adversas da sociedade. Esse é o retrato da vila Ambalakazara, uma das mais pobres da cidade de Antsiranana e local de uma das ações dos voluntários da Expedição Missionária de Madagascar. Reconhecendo a grande necessidade de serviços de saúde, higiene e lazer do local, os missionários da Comunidade Católica Shalom escolheram a região com o intuito de levar alegria e esperança aos moradores.

O vilarejo empoeirado ganhou cores e vida com a chegada dos voluntários, que levaram remédios, montaram uma estrutura improvisada de atendimento médico, fizeram brincadeiras com as crianças e distribuíram doces. Aos poucos, os moradores foram saindo das suas casas, abrindo portas, janelas e estampando sorrisos. O afeto tomou conta do lugar.

O ar cinza e sem vida, foi dando espaço às danças improvisadas, aos cânticos em português e em malgache (dialeto local). Na área dedicada às consultas médicas, os profissionais da saúde ofertaram o seu tempo com longas filas que logo se formaram na região – muitas mães levaram os seus filhos pequenos para o local e ali obtiveram atendimento.

A maior experiência do dia

Para Christiane Soares, farmacêutica, a maior experiência do dia foi ter ido ao encontro do povo Malgache que reside no local.  “Apesar de termos feito muitas visitas domiciliares e hospitalares multiprofissionais como equipe de saúde, todos os dias o nosso atendimento aconteceu de forma mais concentrada no centro de evangelização da Comunidade Shalom, então ter ido ao encontro deles foi um verdadeiro presente. O lugar era muito, muito pobre. Para chegarmos até lá, passamos até por uns chiqueiros, o cheiro era muito forte e as pessoas viviam ali”, comentou.

“Levamos tudo o que podíamos para realizarmos a assistência, nossa profissão, nosso conhecimento, os medicamentos, mas fomos levando o principal: o Amor. O Amor é que nos dá a consciência de que talvez não consigamos mudar a situação de pobreza do país, a fome, a sede e a carência de tudo o que consideramos ‘básico’, mas permite levar alguma dignidade para cada um, ouvi-los, senti-los, sofrer e chorar com eles. Talvez seja isso o necessário, simplesmente amar”, concluiu.

Existe uma humanidade que sofre

Os tesouros encontrados em Ambalakazara deram aos missionários a certeza de que nos confins da terra, existe uma humanidade que sofre e que espera a resposta daqueles que, livremente, decidem ofertar os seus dons. As Expedições Missionárias são programas de voluntariado promovidos pela Comunidade Católica Shalom anualmente. Tem o desejo de participar? Fique atento aos editais que são divulgados aqui no Portal.


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