“O amor faz coisas que a obrigação não é capaz de fazer”, dizia C.S. Lewis. E é isto que o
desconhecedor do amor é incapaz de entender. Existe um grito, um grito ardoroso que este
mundo tenta calar… chama-se Celibato pelo Reino dos Céus. Enquanto o perdido se perde
em palavras vazias e superficiais, o apaixonado diz com sua vida:
Amo-Te. Amo-Te, Jesus… ao ponto de calar a carne até que ela grite amor.
Amo-Te, ao ponto de abandonar todos os outros amores.
Amo-Te na alegria das festas e na solidão das provas.
Amo-Te no vigor da oferta e na oferta do não-vigor.
Amo-Te com o acolhimento das flores e com a inclinação para a coroa de espinhos. Amo-Te
vendo o cumprimento das promessas e quando a fé exige esperar.
Amo-Te na fidelidade e na dor imensa de não ser fiel.
Amo-Te nas consolações e nas privações.
Amo-Te nas muitas presenças e na Única Presença, às vezes Ausência.
Amo-Te na memória do passado e na esperança do futuro.
Amo-Te no agora, no hoje, no sempre.
Amo-Te simplesmente porque me é impossível não Te amar, assim como é impossível a
água não molhar e o fogo não aquecer.
Amo-Te porque o que sou se realiza neste amor e se por um minuto isto me faltar deixaria
de ser quem sou ou simplesmente deixaria de ser…
Por Thalita Daliane Oliveira de Lima