Formação

Ânsia de imortalidade feliz…

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O mês de novembro é caracterizado por celebrações marcantes. Sobretudo para nós católicos que cremos na vida eterna.

Logo no início do mês, a liturgia festeja a solenidade de todos os Santos e Santas, recordando que, em Cristo, “Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor”(Ef 1,4). A santidade é a nossa vocação por excelência. O caminho mais curto e mais luminoso da santidade é a vivência das Bem-aventuranças. Ao proclamar o decálogo da felicidade Jesus nada mais fez do que revelar sua própria felicidade…

Abraçar com toda vontade e com todo coração as Bem-aventuranças, significa antecipar ou experimentar já aqui na terra a felicidade do céu.

Comemorando os fiéis defuntos, somos convidados a rezar e a pedir ao Senhor que, em sua infinita misericórdia, conceda, quanto antes, a felicidade eterna a todos os que morreram na esperança da ressurreição.

O dia de Finados leva-nos igualmente a refletir sobre o sentido da vida presente, uma vez que tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos no tempo, repercute na eternidade. Toda a nossa vida deve ser vivida em função da passagem para a plenitude da vida, para o abraço do amor do Pai, para uma nova terra, onde “a morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4).

A certeza de que o nosso nome esteja escrito no livro da vida, deve impelir-nos a caminhar na fé, a reavivar diariamente nossa esperança e a intensificar nossa caridade.

O segredo da perseverança fiel no caminho da santidade é a adesão alegre à pessoa de Jesus, fazendo de seu Corpo e Sangue a comida e bebida que matará nossa fome e saciará nossa sede: “Quem vem a mim já não terá fome e quem crê em mim jamais terá sede!” (Jo 6,35). Fora de Jesus Cristo não há outro alimento e outra bebida que nos podem fazer sobreviver e saciar nossa ânsia de imortalidade.

Em vista dessa ânsia, queremos, mais e mais, promover e defender a vida.

Aliás, “Deus, Senhor da vida, confiou aos homens e mulheres o nobre encargo de preservar a vida para ser exercido de maneira condigna ao ser humano. Por isso a vida deve ser protegida com o máximo cuidado desde a concepção. O aborto e o infanticídio são crimes nefandos” (GS, 51 § 3).

Não há crime mais horrendo do que matar um ser humano indefeso ainda por nascer. Assim sendo, queremos declarar, mais uma vez, e dar nosso testemunho em favor da vida humana, desde sua concepção até seu desfecho natural: “Não matarás o inocente e justo” (Ex 23,4).

Estamos nas mãos de Deus. Ele é um Deus dos vivos, que ama a vida. A pessoa temente a esse Deus não pode ficar indiferente ou omitir-se diante das graves ameaças que a vida humana vem sofrendo, principalmente a dos nascituros.

Enfim, toda vida humana é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo.

*Dom Nelson Westrupp é bispo Diocesano de Santo André

Fonte: CNBB


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