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A Matemática me levou em missão para a Bolívia

Confira o testemunho de Bernardo Medeiros sobre o tempo que viveu como Aliança Missionária na Bolívia

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O desejo de partir em missão sempre foi forte no coração do professor de Matemática Bernardo Medeiros. Mas o que ele nunca imaginou é que a sua profissão seria essencial para a vivência desse período. Na Comunidade Católica Shalom, muitos missionários de Aliança dedicam um tempo para partirem em missão onde o apelo da Igreja os envia, deixando para isso casa, família e trabalho.

Foi a cidade de Sucre, na Bolívia, que Deus quis enviar Bernardo, então discípulo da Comunidade Aliança. A missão, que estava em período de fundação, vivia uma particularidade: os missionários eram apenas de Aliança e seria a partir do exercício profissional que as portas para a evangelização local se abririam.

Quando recebeu a resposta de que seria assim o seu período de Missão, Bernardo foi tomado por um medo, pois não sabia falar bem o espanhol. “Eu fui rezar com a minha Formadora Comunitária e ela falava muito da Providência Divina e que, se Deus me enviou para lá, Ele saberia como prover todas as coisas”, conta.

Evangelizando em meio a números e teoremas

Pois foi juntamente através da Matemática que as experiências de evangelização foram surgindo. Bernardo conta que, com apenas um mês na Bolívia, a Missão fez uma ação de evangelização no presidio da cidade.

A dinâmica seria a seguinte: após a Missa, os missionários conduziriam um momento de louvor e depois partiriam para evangelizar os detentos em meio as celas e ao pátio do presídio.

“Eu nunca tinha ido a um presídio no Brasil e Deus quis que eu fosse a um justamente na Bolívia. Eu estava com muito medo, eu não sabia falar o idioma e nunca tinha estado em um lugar assim. A gente traz esse medo pelas notícias do Brasil. Como que eu vou evangelizar solto em presídio? Vai ter uma rebelião. Pensei em tudo isso”.

Apesar do medo, Bernardo conta que se lançou na evangelização em obediência a Responsável Local e, ao andar pelo local, encontrou um jovem sentado. Ao se aproximar e falar que era professor de Matemática, o rapaz pediu ajuda, pois estava estudando, mas tinha dificuldade com a matéria.

“Ele foi na cela dele, buscou o material e aí eu o ensinei. Aquilo gerou uma confiança nele e, a partir daí, eu consegui falar de mim, de Deus, consegui rezar por ele e ele dizia que me entendia perfeitamente. No final, como ele estava com papel e caneta, ele escreveu assim: ‘Jesus te ama, Jorge Solto’. E eu lembro que disse para ele: ‘enquanto eu estiver vivo, eu vou rezar por você’. Eu trouxe o papel e tenho guardado na minha Bíblia e rezo por ele até hoje’”.

A primazia dos jovens e a Matemática

Bernardo conta ainda que foi com seus alunos bolivianos que aprendeu a falar espanhol. Além das oportunidades de evangelização com os jovens da escola Montessori de Sucre, local onde trabalhou nos dois anos de missão, o professor de Matemática também foi enviado a anunciar o amor de Deus a menores infratores.

“Na Missão, Deus me levou a trabalhar com jovens que cometeram crime ou ato infracional. Não sei o porquê, mas Deus me levou a isso. Eu também fui trabalhar em um centro de detenção para menores infratores e lá eu evangelizei um jovem que estava há dois cumprindo medidas socioeducativas. Um dia ele me contou que ia receber o alvará de soltura justamente na época do nosso Acamp’s. Eu fiz o convite pra ele participar e ele disse que iria”.

Bernardo conta que achava que o jovem não iria ao retiro, pois seria a menos de uma semana da sua soltura. “Mas foi muito bonito porque ele saiu na semana do Acamp’s e foi. Ele saiu na terça e na quinta ele foi para o Acamp’s. E eu só acreditei quando ele entrou comigo no ônibus. Lá ele teve uma forte experiência com Deus. Quando voltei a Bolívia, no início deste ano, encontrei com ele e ele está bem, está estudando”, conta Bernardo.

Consagração em Missão

Bernardo ficou em missão em Sucre por dois anos. Foi em meio aos bolivianos que o professor de Matemática fez suas primeiras promessas no Carisma Shalom, como Comunidade Aliança, em 2019. “Para mim, é uma graça eu ter feito a minha consagração na terra de missão e tive a presença dos jovens irem a minha Missa”, finaliza.  

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