Olá pessoal. Meu nome é Eduardo e sou vocacionado pela missão de Juazeiro do Norte. Eu participei pela primeira vez do Acamps no ano de 2022. Posso dizer que minha vida antes era uma bagunça. Eu vivia tudo o que o mundo oferece, e era por causa desse “ser livre” que minha vida era bagunça: eu ia para festas, saia com os amigos, eu fazia de tudo. Olhando para trás, hoje eu reconheço que basicamente só havia pecado nesse tipo de festas que eu ia.
Eu tive minha primeira experiência com as “coisas de Deus” nesse acampamento. Graças a Deus eu nasci em um berço católico, meus pais me incentivavam a ir para a missa. Porém, eu só eu ia por obrigação, não porque eu tinha tido uma experiência pessoal. Foi só no acampamento que eu tive de fato minha primeira experiência com Deus.
Detalhe que não fui eu que fui atrás do acampamento. Na época eu estava trabalhando e foi minha avó que ficou sabendo que ia ter esse evento (não sei como). No fim, foram 4 pessoas da minha casa. Mas o interessante que iam ser só 3: inicialmente eu não ia, já que eu estava trabalhando. Porém, eu já estava insatisfeito com o meu trabalho e com vontade de pedir demissão, o que de fato eu fiz.
Quando eu finalmente pedi demissão, minha avó me disse: “Bom, já que você está sem trabalhar, você vai para esse evento da comunidade Shalom.” E foi assim que eu terminei indo para para o evento. Não me preparei nem nada: só fui.
Lá, todos os momentos foram necessários, foi necessário a vivência de tudo, das pregações, etc. Até choveu em um determinado momento, e foram até essas pequenas coisas, até a chuva, que contribuíram para a minha experiência com Deus.
“Por ser um jovem ‘livre’ eu experimentei quase tudo o que o mundo oferecia. Mas aquela experiência com Deus eu não tinha encontrado em nenhum outro lugar.”
Por ser um jovem “livre” eu experimentei quase tudo o que o mundo oferecia. Mas aquela experiência com Deus eu não tinha encontrado em nenhum outro lugar – a não ser na comunidade. Então, depois do acampamento eu fiquei com vontade de mais: eu queria sentir aquilo de novo, aquela experiência de novo. Eu estava com tanta sede que mesmo que a comunidade fizesse um movimento qualquer na praça eu estaria lá, porque eu queria sentir aquela experiência de novo.
Foi esse buscar algo mais que me motivou a estar aqui (na obra) até hoje. Foi Deus, esse buscar mais, que me motivou a me engajar na Obra, no grupo de oração, a procurar um ministério, enfim, a continuar até aqui.
Como eu permaneci firme na caminhada após o acampamento, chegou o momento em que eu me senti preparado para dar outro passo: o vocacional, mesmo com pouco tempo (o acampamento foi o julho e o vocacioal aberto foi em janeiro). Hoje, eu sou vocacionado da Comunidade Católica Shalom.
Por fim, esse ano, no mês de julho, eu servi no Acamps 2023. Para mim isso foi algo lindo. Há apenas um ano eu estava participando. Eu não conhecia a comunidade, não sabia como era nada. Bendito seja Deus por esse 1 ano de Obra. Para mim isso é algo muito forte de viver, porque quando você está participando, você está simplesmente “bebendo” [da graça], mas quando você está servido, você está colaborando para que outras pessoas que não conhecem o amor de Deus também bebam [dessa graça].
Viver isso é muito forte: participar de tudo, sevir, dar meu testemunho de que eu também tive minha experiência no acampamento e por fim testemunhar que tudo o que aconteceu, cada detalhe, foi necessário para que hoje eu estivesse aqui. Posso dizer que tudo foi simplesmente perfeito.
Eduardo Francisco, vocacionado à Comunidade Shalom.