O que cabe dentro de oitenta mil metros quadrados? Este é o tamanho do Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU), onde há 26 anos acontece o Festival Halleluya.
Ao longo do extenso espaço da Arena do Halleluya, encontram-se diversos rostos, mas também barracas, lençóis estendidos no chão onde há familiares, algumas cadeiras de praia, “coleman”.
Mas não há só famílias, também encontram-se milhares de jovens de diversos estilos e expressões. Em meio a eles, rodas de grupos em que sacerdotes conversam tranquilamente com as pessoas. Há também consagrados maduros vocacionalmente que trazem há mais de trinta anos um tau no pescoço, a conversar com outros jovens, crianças, com famílias que chegam.
Pelo “olhar de um drone”, cada pessoa é representada pela lâmpada do celular, a Arena transformou-se num céu estrelado. Um mar de gente à espera de um artista, de uma atração? Ou talvez na espera de encontrar um Alguém? E assim poder dizer: “Eu o vi”.
Alguns com o terço na mão, outros com skate, outros ainda com um celular a gravar um storie, outros a segurar a mão do filho pequeno que participa do evento pela primeira vez.
De repente, o lugar que era batida, adrenalina, agitação…”Psiiiiiu… silêncio na Arena Halleluya”. É que o Dono da Festa chegou e todos o querem ver, tocá-lo, ouvi-lo falar.
Esse é o Halleluya, essa é a Cidade da Paz!
Mas por que Cidade da Paz?
“O primeiro motivo é porque Cristo é a nossa paz, Cristo é o centro da festa”, afirma Fábio Lima, responsável pela organização do evento.
Então, se ele é o centro, o coração do Halleluya é o Espaço da Misericórdia, lugar onde emana a paz, como explica Fábio.
Além disso, em 26 anos de Festival, “não há ocorrências, nós não vemos problemas nesse sentido, então as pessoas veem e ficam muito bem. É um evento sereno que dá paz e esperança para todos”.
No coração do Halleluya, o reencontro e a reconciliação
Durante os cinco dias do festival, a partir das 17h o Santíssimo Sacramento fica exposto para adoração. Na Capela, centenas de intercessores e fiéis fazem suas preces, muitos deles chegam a partir da orientação das confissões ou da Oração e Aconselhamento.
Desde quarta-feira, já somam-se mais de mil pessoas que receberam o sacramento da Reconciliação por meio de sacerdotes da Comunidade Shalom, da Arquidiocese de Fortaleza e região. E, mais de trezentas pessoas foram ouvidas e aconselhadas por missionários da Comunidade Shalom.
É também do Espaço da Misericórdia que o Santíssimo Sacramento é transladado para o palco principal do Halleluya e depois sai em procissão pela Arena.
“É o coração do Halleluya de dr forma espiritual, pois dele se derrama toda a graça”, disse Fagner.
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Uma experiência inexplicável
“Vida”, esta foi a definição que Mateus Sales, 13, deu ao Festival Halleluya. Ele vem ao evento desde os seus seis anos de idade com seus pais.
“Todos os anos quando eu venho pra cá, me sinto bem. É uma experiência inexplicável, que eu sinto e que eu acho que a população que eu acho que todos deveriam sentir”, declara o adolescente.
“O momento que eu mais gosto é na hora que o Santíssimo passa aqui ao redor do Halleluya”, revela Mateus.
Para a mãe de Mateus, Ana Paula Sales, o espaço reservado para Pessoas com Deficiências possibilita que seu filho e outros que precisam de acessibilidade possam usufruir de lazeres. “Isso é um passo de inclusão para as pessoas com deficiência”, admite ela.
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Novas expressões
A 26ª edição traz mais espaços plurais para o público. A arena foi ampliada para comportar uma quantidade maior de pessoas. Além disso, a pluralidade deste ano é notada nas atrações artísticas, com novas bandas e grupos católicos que estão sendo lançados entre os quatro palcos do Festival: Alive, Street, Adventure, Cultural.
Uma grande novidade desta edição foi a construção da praça ao redor do grande símbolo do Festival, a guitarra cujas cordas conduzem ao santíssimo Sacramento.
Peterson dos Anjos, responsável pela Expo Halleluya destaca que a praça possibilita a convivência das famílias, momentos de cultura e lazer, encontros, novas amizades e sobretudo, a descoberta de vocações. São mais de quinze expositores de empreendimentos e instituições religiosas.
“Esse espaço é interessante porque é onde a pessoa também consegue levar alguma lembrança do Festival. Aqui tem a loja oficial do Festival, que a pessoa pode levar camisa, boné, ela pode levar uma bolsa“, disse Marcelle Ailsa, da coordenação dos stands. “Mas também, onde há a propagação de diversas expressões carismáticas“, acrescenta.