A série de catequeses sobre Vícios e Virtudes chegou ao seu ápice com o tema do amor cristão. Na Audiência Geral, da manhã desta quarta-feira, 14 de maio, o Papa Francisco falou sobre a terceira virtude teologal, a caridade.
Ao citar as palavras de São Paulo na Carta aos Coríntios (1 Cor 13), ele explica o contexto do discurso do santo “Paulo dirige estas palavras a uma comunidade muito longe de ser perfeita no amor fraterno: os cristãos de Corinto eram bastante turbulentos, havia divisões internas, havia aqueles que pretendiam ter sempre razão e não ouviam os outros, considerando-os inferiores“.
Os ensinamentos de Paulo são resgatados pelo Papa para a sociedade atual, porque apesar da palavra “amor” estar na boca de muitos ‘influencers’ e na letra de inúmeras canções, sabe-se muito pouco sobre o amor de Deus.
A #caridade de Cristo nos impulsiona a cuidar dos nossos irmãos e irmãs mais pequeninos e marginalizados. É um amor concreto e corajoso, que abraça também o que não é amável, perdoa, esquece, abençoa, se doa sem medida. #AudiênciaGeral
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) May 15, 2024
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O amor maior
“Os cristãos são capazes de todos os amores do mundo“, – afirma Francisco ao se referir às paixões, ao amor de amizade, ao amor pela pátria – “mas existe um amor maior que vem de Deus e se dirige a Deus“, acrescenta. E é esse amor teologal que impele os fiéis a amar os pobres e os inimigos, porque é obra do Espírito Santo.
A seguir, confira algumas definições do amor cristão pelo Papa Francisco:
Não busca seus próprios interesses:
“Não o amor que sobe, mas aquele que desce; não o que toma, mas aquele que oferece; não o que aparece, mas aquele que se esconde.
É benevolente
“O amor cristão abraça o que não é amável, oferece o perdão – como é difícil perdoar, quanto amor é preciso para perdoar! – o amor cristão abençoa quem amaldiçoa, enquanto nós estamos habituados, perante um insulto ou uma maldição, a responder com outro insulto, com outra maldição.”
É uma porta estreita para o Reino de Deus
“É um amor tão audacioso que parece quase impossível e, no entanto, é a única coisa que restará de nós. O amor é a “porta estreita” através da qual passar para entrar no Reino de Deus. Pois no crepúsculo da vida não seremos julgados pelo amor genérico, seremos julgados precisamente pela caridade, pelo amor que tivermos concretamente. E Jesus diz-nos isto, é muito bonito: «Em verdade vos digo: tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes» (Mt 25, 40).”
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