Quando nos deparamos com o chamado de Deus nos impelindo a anunciar seu santo nome, seja a uma pessoa específica, ou em um lugar onde Ele mesmo nos colocou com esse fim, é normal que em nosso interior seja travada uma batalha entre o desejo de fazer a Vontade de Deus e o medo de não saber como fazer ou de nos expor.
O medo faz parte da limitação do ser humano, todavia, ele propõem duas realidades:
1. Realidade Negativa – Paralisação e Estagnação:
Quando o medo que existe em nós nos paralisa, pode ser algo muito ruim e danosa, pois nos impede de dar os passos rumo ao nosso chamado, rumo à nossa missão de evangelizar e ser sinal de esperança e confiança na Ressurreição de Cristo para a humanidade. Essa Realidade primeira precisa ser vencida e bloqueada pela segunda.
2. Realidade Positiva – Confiança na Graça Divina:
A segunda realidade surge como uma luz na escuridão do medo, convidando-nos a confiar não em nossas capacidades limitadas, mas na infinita graça de Deus. O que nos paralisa é o receio por nossa incapacidade e limitação. Somos eleitos, mas somos humanos. E essa consciência de nossa humanidade pode ser positiva, a partir do momento que eu coloco toda a minha confiança na Graça de Deus e busco:
- A comunhão com Deus na oração, permitindo que Ele nos guie e revele Sua essência, pois é d’Ele que devemos falar e através d’Ele que agimos.
- Pedir sempre, diante de qualquer desafio ou missão, a unção do Espírito Santo Paráclito que cura o paralítico.
- Saber que posso contar com a intercessão de Maria, de todos os Santos e dos irmãos que estão juntos comigo nessa empreitada. Deus elege muitos, não apenas eu. E isso é razão de motivação para eu ir além.
- Saber que devo interceder também pelos irmãos e pela humanidade, principalmente, por aqueles que Deus me confia. A intercessão tem um poder impressionante. Algumas vezes ela poderá ser mais eficaz, do que as palavras e, até mesmo, o testemunho.
Dessa forma, o medo não apenas pode nos paralisar, mas também tem o potencial de nos impulsionar a nos aproximar mais de Deus e a confiar n’Ele para cumprir nossa missão de evangelização. Essa segunda realidade é uma fonte de produtividade e positividade, com a força necessária para gerar transformações profundas no mundo.
Por Carlos Montiny