‘Esmola é aquilo que o irmão necessita, não o que eu quero ou posso dar’: Emmir Nogueira, na assembléia geral em Fortaleza.
O tempo litúrgico da quaresma, fundamentado nos discursos do Papa Francisco na quarta-feira de cinzas de 2016, foi o tema da assembléia geral, ontem (15), na missão de Fortaleza. “Estamos na quaresma da misericórdia, do perdão irrestrito”, disse Emmir Nogueira cofundadora da Comunidade Shalom para todos os presentes.
No Jubileu da misericórdia, somos chamados ao convite de Jesus a conversão, porém corremos o risco de blindar os corações, de fechar as portas, não ouvir nenhum apelo de Deus e de ficar preso e fechado com o pecado.
Segundo Emmir, o Papa Francisco nos revela quatro razões que nos levam a blindar o coração: o primeiro motivo é minimizar o pecado, quando se deixa tudo por menos, fico dentro de mim mesmo convivendo com o pecado. A justificativa de que não sou pior que o outro, é a uma outra razão que blinda a conversão, o pecado do irmão é maior que o meu. A vergonha de abrir a porta secreta do meu coração e não expor o meu pecado a Deus é a terceira razão e a última é o afastamento da porta da misericórdia, o afastamento da reconciliação e da esperança.
Jejum, oração, penitência e esmola se praticadas, nos ajudarão a abrir as portas da misericórdia de nossas vidas neste tempo, bem como a vivencia das obras espirituais e corporais. “É um Jubileu de conversão, porém, se esse desejo não chegar aos bolsos, não será um verdadeiro Jubileu. Esmola é aquilo que o irmão necessita, não o que quero ou posso dar”, esclareceu a cofundadora as palavras do Santo padre.
Para encerrar a assembleia geral, Emmir motivou a todos, assim como Maria, a termos entranhas de misericórdia para com os irmãos, que nos tira de toda a indiferença e nos leva ao amor hessed, que ama o próximo porque ele precisa de mim.
A campanha da venda das cartelas, em prol da construção da Igreja do Ressuscitado, foi impulsionada por um vídeo mostrando o encaminhamento da obra e a importância de nos empenharmos mais para a próxima meta.
Como diz o Papa Francisco, se a sua conversão não chega ao bolso, não é uma conversão jubilar.
Por Ângela Barroso