Formação

Batista: o maior entre os menores

“Em verdade, vos digo: entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”. (Mt, 11,11)

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João, o Batista, era assim: HUMILDE. Sabia não ser ele o Messias. Sabia não ser digno de lhe desamarrar as sandálias. Mas, em sua humildade, sabia quem era. Era filho de Isabel e Zacarias. Sabia a sua origem. Sabia ter nascido de uma mulher estéril alcançada pela ação poderosa de Deus. Sabia ter estremecido no ventre de sua mãe pela presença santíssima da Virgem Maria em sua casa. Sabia o que ocorrera com o seu pai quando desacreditou.

João era humilde. Sabia ser dependente de Deus. Mas era consciente de sua missão de protagonista neste mundo. Sabia ser sua obrigação de amor falar sobre a exigência da conversão dos corações.

Em seu ser havia CORAGEM. Não uma coragem humana somente, mas advinda do Espírito Santo.

João sabia não ser o salvador, mas urgia em seu âmago de profeta falar daquele que viria nos salvar e o que na vida dos homens não condizia com a coerência inerente à verdade que ele anunciava.

Não tinha meias palavras, não tinha discursos coniventes, não manipulava os ouvintes. João era inteiro. O seu coração não era dividido.

João não se absteve das RENÚNCIAS. O deserto era o seu lugar de encontro. Ele era a voz. Não optou pela comodidade, mas preferiu uma vida pobre, enriquecida somente pela esperança da vida eterna.

Não se curvou diante dos poderosos. João era DISPOSTO. Nunca se cansando de ensinar sobre as coisas que não passam.

João, modelo de amor a Deus, temos muito a aprender com você, querido amigo. Ensina-nos sobre a humildade com que vivestes. Mostra-nos o caminho estreito da renúncia à nossa própria vontade. Intercede para que a disposição para o anúncio nunca seja distante da nossa vida consagrada. Que não se dissipe em nós a coragem de testemunhar a verdade onde formos enviados.

Ah, São João, profeta do amor esponsal, roga para que amemos mais, e em nossa imperfeição busquemos ser novamente incendiados pelo perfeito Amor. Roga para que não tenhamos medo do martírio que mata o corpo, mas da morte eterna que nos rouba a esperança do céu.

Roga para que desejemos a eternidade e que, face a face, possamos contemplar o Amor que tanto conhecestes.

 

Cláudia Michelly Sales de Paiva Tonacio

Consagrada da Comunidade de Aliança

Shalom Vitória – ES


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