Institucional

Casal fluminense que exala santidade: abertura do processo de beatificação de Zélia e Jerônimo

comshalom

Na noite deste sábado, dia 18 de janeiro, aconteceu a abertura do processo de beatificação do casal Zélia e Jerônimo, na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana. A celebração jurídica, com o Tribunal Eclesiástico, foi presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal eleito Dom Orani João Tempesta.                         beatificacao

A segunta etapa deste processo acontecerá no dia 20 de janeiro, quando os restos mortais dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo estarão presentes na missa do padroeiro da cidade do Rio, às 10h, na Paróquia São Sebastião, na Tijuca.

Segundo o vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, eles são um casal fluminense que exala santidade e podem ser grandes ícones para todo o mundo.
“Mais uma vez a Arquidiocese do Rio se alegra em poder abrir mais um processo para beatificação. Queremos convocar todo o povo de Deus para participar deste momento junto com o cardeal, nas celebrações do padroeiro, que é novamente o grande protagonista, pois no ano passado demos início também durante a Trezena de São Sebastião ao processo de beatificação da Serva de Deus Odetinha”, motivou.

No dia 20, as duas urnas de acrílico com os restos mortais do casal serão lacradas e apresentadas aos fiéis.
“Neste dia, dentro da celebração será lida a ata. As bulas, feitas em pergaminho pelas monjas clarissas, serão colocadas dentro das urnas que serão levantadas para que todos possam contemplar”, informou Dom Roberto.
Após a missa, as duas urnas serão transladadas pelo Corpo de Bombeiros para a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Gávea, que será o seu local para culto.
A partir do momento que a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer as virtudes heroicas deles, e apresentando os milagres, poderá acontecer a beatificação.
“O casal teve uma vida muito santa, dentro da própria vida familiar. Geraram 13 filhos, morreram quatro e os outros nove se consagraram a Deus: três sacerdotes e seis religiosas. Eles tratavam seus empregados como pessoas amigas; eram realmente um referencial. É um casal que ressalta a beleza da família, que realmente é o grande instrumento para a santificação”, disse. A abertura do processo do casal Zélia e Jerônimo é uma resposta à piedade do povo de Deus”, salientou Dom Roberto.
Jerônimo nasceu em Magé, na Baixada Fluminense, e Zélia Pedreira em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, na Tijuca. “Mesmo eles não tendo nascido na cidade do Rio, Zélia morreu em nossa arquidiocese. Pedimos a transferência de competência apenas do Jerônimo, porque sua morte aconteceu na Diocese de Nova Friburgo”, explicou Dom Roberto. Ele convidou a todos a testemunharem as graças recebidas pela intercessão do casal. “Contamos com todo povo de Deus. Quem por ventura puder relatar alguma graça pela intercessão do casal Jerônimo e Zélia, pode nos procurar na arquidiocese”, incentivou.

Dados biográficos

Nomes: Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851 -1909)

Sobre Zélia: Primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira, nasceu em 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai.
De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo.

Sobre Jerônimo: Filho do fazendeiro Fernando de Castro Abreu Magalhães e de Rosa Rodrigues Magalhães, Jerônimode Castro Abreu Magalhães (1951-1909) nasceu em Magé, Província do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1951. Seu pai, que veio para o Brasil acompanhar o irmão, Monsenhor Baccelar, Capelão do Imperador, construiu a grande fazenda de café Santa Fé, próxima ao Carmo do Cantagalo, e fez grande fortuna. Colaborou para o desenvolvimento da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, onde situava-se a fazenda, cooperou com a fundação do Colégio Anchieta em Nova Friburgo e extinguiu a escravatura em sua fazendamuito antes do decreto imperial. Teve quatro irmãos sacerdotes e algumas sobrinhas religiosas.

Jerônimo fez os estudos preparatórios em Lisboa, mas formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1873.

Fonte: arqrio


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.