Falar da cultura paraense é se remeter a uma grande mistura. Mistura de povos, jeitos, sons, amores, ritmos e sabores. Por falar em sabores, vamos começar pela culinária. Para alguns pode ser caracterizada como exótica, para outros, divina! Por aqui o transbordar da mistura histórica entre indígenas, europeus e africanos, nos presenteou o tacacá, a maniçoba, cupuaçu, bacuri, pupunha, pato no tucupi, açaí, ufa! São muitas opções de viver e experimentar todos esses caprichos. Se fores ver o “Ver o peso”, no meio do emaranhado de pessoas e do intenso calor, vais experimentar do porquê essa cidade recebeu o prêmio internacional de melhor culinária pela Unesco.
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Quando de fala de música já podemos escutar os ritmos marcados, próprios da América do Sul. Não precisas ir muito longe para perceber as raízes latinas de merengue, salsa que vão resultar na guitarrada, “baile da saudade” e no famigerado “brega”. E para falar sobre a complementaridade de arte, se misturarmos a música com as danças regionais, aí temos o carimbó com saias coloridas, sorrisos no rosto, esse é um povo que dança!
E podes estar se perguntando, como tudo isso se junta e se mistura sem perder-se na essência? Penso que podemos dar uma resposta ao diverso que é uno: Nossa Senhora de Nazaré!
A fé de um povo mariano
A festa da nossa Mãe teve seu início lá no século 18, quando um caboclo achou, na beira de um dos igarapés da região, a imagem de uma santa, e resolveu levar para casa. Mal sabia ele que a mãezinha já tinha escolhido um lugar para ficar, e todas as vezes que tentou levar para casa, penso eu que apenas com o objetivo de protegê-la, a imagem resolvia voltar para o lugar original.
Me parece que a nossa Mãe queria algo muito além do que ser protegida… Seu objetivo, na verdade, era proteger todo o povo dessa terra. E pela bondosa intercessão da Virgem, o lugar que antes fora um igarapé hoje está a sua casa, sua Basílica. A bondade e a poderosa intercessão atraiu corações apaixonados! Ela faz milagres e arrasta dos mais diversos lugares, centenas, milhares, milhões de corações para a experiência com o amor verdadeiro, isso mesmo, com aquele pequeno Menino que ela traz nos braços.
Não é à toa que hoje se tornou uma festa que reúne mais de 2 milhões de peregrinos todos os anos, com pelo menos 12 romarias oficiais, a Nazinha passa por todos os lugares e deseja guardar no seu manto toda a humanidade. É romaria fluvial, romaria da juventude, moto romaria, trasladação, até enfim chegar na grandiosa procissão do círio que sai da catedral da cidade até a basílica.
A devoção tomou conta da cultura, que hoje não há lugar que passe sem uma imagem, um cartaz, museus, músicas, festas. São de fato dias recheados de emoção, quando surgem todos os tipos de preces dirigidas a ela, que, com muita atenção e ternura, as recebe sobre seu manto… Afinal, que filho nega um pedido de sua mãe, ainda mais o filho que em tudo viveu a obediência perfeita?! E aquele rio que um dia fora o rio do seu encontro, hoje se torna um rio de pessoas, um rio de preces, um rio que esconde nas casas de miriti e nas pequenas figuras de cera a fidelidade da maternidade dessa doce criatura.
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Para os jovens peregrinos que vêm até o CJS Belém cidade, que esse desejo ecoe em cada coração: Que a Virgem de Nazaré gere o seu Menino em cada escuridão, que ela seja o silêncio perfeito que ecoa pra eternidade, que ela seja a medianeira perfeita da humanidade!
Natasha Ferraz
Consagrada Comunidade de Aliança
Missão Belém – PA
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Serviço
CJS 2023 Belém – Maria levantou-se e partiu apressadamente
Quando: 21 a 23 de abril de 202
Local: Belém (PA)
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