Estava na fila da confissão quando um irmão da Comunidade sentou-se ao meu lado no mesmo interesse de reconciliação com o Pai. Eu estava em silêncio, revisando minha pobre vida… Aí o irmão do nada (um nada que não tenho dúvidas – foi suscitado pelo Espírito Santo), começa a falar da vida dos santos e suas lutas. Com cada frase, meu coração se comovia, pois, os santos travaram lutas como as minhas! Faltando uma pessoa para a minha vez o irmão diz: “Leia, A arte de aproveitar as próprias faltas” é um livro muito bom…
Bom? Quando peguei nas primeiras páginas fui vivendo uma experiência de profundidade a um nível que jamais havia experimentado quando o assunto é misericórdia, pecados e pecadores.
O livro vai narrando as artimanhas do demônio para nos fazer desconfiar da misericórdia de Deus, e como ele logo nos desanima quando caímos em nossas fraquezas, desviando nosso olhar do Pai que quer nos levantar com muito amor.
Queria realmente explicar com mais clareza a força de misericórdia que esse livro oferece, mas é difícil porque os efeitos da leitura são de conversão de nossa consciência orgulhosa, que por muitas vezes é tão resistente que insiste em ficar carregando faltas porque acha que Deus não é capaz de perdoar.
Neste livro, o autor caminha ao lado de São Francisco de Sales para descrever como voltar nosso coração para o reconhecimento de nossas faltas e de nossa total incapacidade de caminhar sem a graça de Deus. É uma leitura para rezar, levar para a oração pessoal e ir abandonando-se em Deus inteiramente. Não é sobre “acostumar-se” com seus pecados, é sobre olhar para eles como Deus olha.
Ficha de Leitura
Autor: Joseph Tissot
Páginas: 144
Editora: Cleofas
Idioma: Português
Larissa Sassi