Era noite de terça-feira, 1º de janeiro de 2019. Casa pra colocar em ordem após os festejos do réveillon; louças, banheiro e varanda pra lavar. Tarefas divididas com o marido e uma pilha de camisas sociais para passar. Não dava mais pra fugir delas, pois o recesso estava prestes a acabar. Nesses pouco mais de 90 dias de casada, confesso que engomar sempre foi uma tarefa não muito legal de fazer. Mas, dia após dia, aprendo a tudo fazer com amor e por amor. E aqui, a compreensão vai sendo nossa aliada.
E foi entre uma camisa e outra que a voz de Deus falou ao meu coração. Disse que sentia saudades de mim, do nosso encontro na hora do almoço; do bate-papo no ônibus. Falou que quer e pode transformar todas as realidades da minha vida as quais muito reclamei em 2018. Aliás, disse ainda, assim, na “lata”, que eu sou reclamona e mais uma vez me chamou de Marta, aquela que muito se preocupa e se esquece de se colocar diante do Rei, do Mestre, do Senhor, como fez Maria, sua irmã.
Imediatamente me reportei àquela cena e foi impossível conter o choro. Era o meu Senhor que estava a me falar. Ele estava comigo enquanto as lágrimas molhavam as camisas do meu esposo. Jesus permaneceu sentado diante de mim, na minha casa nova, na cozinha, pra ser mais específico. Ele sorria com amor e me lembrava de suas promessas, da nossa aliança, do que é eterno.
Dividi as oito camisas em duas etapas. Passei quatro e duas calças. E deixei as demais pra continuar no dia seguinte. Isso porque naquele momento eu só queria experimentar da alegria de Maria, que deixava tudo para estar com o seu Senhor, o meu Senhor Jesus. E louvar. E agradecer. E sentir seu abraço. Afinal, benditos afazeres domésticos que me levam a Deus.
Aliás, experimente também você a ter um relacionamento de igual pra igual com Jesus. Tenho certeza que Ele também vai falar com você e ajudar você a deixar a casa mais limpa. Mais cheia de amor.
Priscila Macêdo