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Milagre que aconteceu no Brasil elevou o beato José Allamano para os altares

Italiano canonizado neste domingo, 20, teve milagre reconhecido no Brasil. Saiba detalhes

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IMAGEM: REPRODUÇÃO CNBB

Neste domingo, 20 de outubro, Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco canonizou novos santos foram eles José Allamano, Elena Guerra, Manuel Ruiz López e sete companheiros e Marie-Léonie Paradis. 

Entre eles, destaca-se a canonização do italiano e fundador das missionárias Consolatas, José Allamano, cujo milagre que o elevou aos altares aconteceu no Brasil, no território Yanomami. 

Durante a celebração de canonização, o pontífice destacou que o testemunho do sacerdote: “recorda-nos a necessária atenção às populações mais frágeis e vulneráveis”.

Allamano foi beatificado em 7 de outubro de 1990, por São João Paulo II. E em 23 de maio de 2024, o milagre que o elevará ao altar foi reconhecido pelo Dicastério para a Causa dos Santos.

O milagre que o tornará santo 

“Coragem a todos no Senhor: com a mente e o coração focados no único objetivo de nos tornar santos e salvar o maior número de almas, abençoo a todos vocês”, Beato José Allamano.

Segundo informações divulgadas pela Diocese de Roraima/RO e pelo Vatican News Pt, em 1996, Sorino, um índio yanomami, foi atacado por uma onça que lhe feriu gravemente a cabeça, na qual ficou com a caixa craniana exposta. 

Ele foi socorrido pelas Irmãs Consolatas, religiosas da reserva indígena Catrimani, que o levaram para o Hospital de Boa Vista. A data do incidente coincidiu com o primeiro dia da Novena do Beato José Allamano, 7 de outubro. Elas então começaram a rogar ao seu fundador pela vida de Sorino, que milagrosamente meses depois estava recuperado e sem sequelas. 

Em março de 2021, foi aberto uma processo diocesano para analisar o suposto milagre e, em 23 de maio de 2024, o Dicastério para a Causa dos Santos, publicou um decreto que reconhece o milagre.

Sorino foi o indígena yanomami socorrido pelas Irmãs Consolatas. IMAGEM: REPRODUÇÃO CNBB

Biografia de José Allamano

José Allamano, sacerdote radicado em Piemonte, Itália, fundou as famílias religiosas dos Missionários da Consolata. Nasceu em 1851 em Castelnuovo d’Asti, mesma cidade de São João Bosco, que teve como diretor espiritual quando criança e adolescente no Oratório Salesiano de Valdocco. Ordenado sacerdote em 1873, aceitou mais tarde, por obediência, o cargo de Reitor do Santuário da Consolata, que ninguém desejava devido ao antigo edifício agora em ruínas e à difícil situação do internato de preparação de jovens sacerdotes.

Por isso, trabalhou com todos os meios para que a Consolata voltasse a ser um centro espiritual da cidade de Turim. Ele também se interessou pelos problemas dos trabalhadores e tornou-se um pioneiro da imprensa católica. Atraído desde menino pelo ideal missionário, concebeu com extrema clareza a missão do decreto Ad gentes (documento do Concílio Vaticano II sobre a atividade missionária) como a realização máxima da vocação sacerdotal e por isso fundou o Instituto Missionários da Consolata em 1901.

Tendo então sentido a urgente necessidade de mulheres consagradas em tempo integral à causa da evangelização, fundou, nove anos depois, o Instituto Missionário Consolata que, juntamente com o ramo masculino, tornou-se objeto dos cuidados do Beato Allamano no último período da sua vida. Faleceu em 16 de fevereiro de 1926. Foi beatificado por São João Paulo II em 7 de outubro de 1990.

Com informações do Dicastério para Causa dos Santos. 


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