O segundo dia do Retiro de Autoridades Shalom teve como ponto alto a inauguração da capela do Cest (Centro de Espiritualidade Santa Teresa), local onde se realizam vários retiros e as reciclagens da Comunidade, em Fortaleza.
A Capela da Ressurreição é rica em significados. O átrio (entrada), espaço de transição entre o profano e o sagrado, tem seu caminho central abraçado por duas estruturas que fazem o visitante passar pela Cruz, como informa o memorial da capela, texto “pintado” em pedra no jardim do templo.
As três portas de acesso fazem alusão à Santíssima Trindade e seguem a forma de união entre um quadrilátero e um arco perfeito, os quais simbolizam o encontro do humano com o divino.
A porta central separa um caminho de pedras vermelhas (do lado de fora) e um labirinto (do lado interno) que representa a vida de cada um de nós, trilhada com paciência pela graça, e conduz ao centro do espaço sagrado: o altar. Conduzidos pelo fio vermelho do labirinto que nos remete à graça, à Mãe de Deus, medianeira de todas as graças, e ao martírio, temos nossas vestes alvejadas no sangue do Cordeiro (Ap 14b) que nos tornam puros como o branco da pedra do altar.
O interior da nave é revestido de tijolos cor de barro, remetendo à nossa criação e lembrando que nossa vida é edificada com atos de virtudes que preparados pelos irmãos constroem a Igreja de Cristo.
Seis janelas em formato de arcos revelam um jardim que, fechado pela desobediência de Adão, é reaberto pela obediência no novo Adão, Cristo Jesus.
O ícone da Ressurreição é representado pela “Descida à mansão dos mortos”, que é o mistério da capela. O ícone da Mãe de Deus está do lado do sacrário, pois ela nos conduz nos caminhos do Espírito do Ressuscitado que passou pela Cruz.
A primeira missa da capela foi presidida por padre Sílvio Scopel, delegado pelo arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio Tosi, para abençoar a capela, o altar e o ambão. Em sua homilia, acerca do Evangelho sobre a cura do homem da mão seca, padre Sílvio destacou que o Senhor nos traz ao centro do templo divino para nos curar.
O fundador da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo, destacou que muitas graças particulares serão derramadas sobre os que passarão pela capela. Ele agradeceu a todos os envolvidos na construção. “Que o Senhor alargue nossos corações para nos dar grandes graças”, disse.