Formação

Chiara Lubich

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Chiara Lubich, fundadora e presidente do Movimento dos Focolares, nasceu em 1920, em Trento, Itália. Com a idade de 23 anos, durante a II Guerra Mundial, ela, juntamente com algumas companheiras, começou a sua experiência – uma redescoberta dos valores evangélicos – e decidiu escolher Deus Amor como único ideal de sua vida. Esta foi a origem de uma vasto movimento de renovação espiritual e social, de dimensão mundial. Nascido e aprovado na Igreja Católica, atualmente está presente em 182 países (mais de 120.000 membros internos e mais de 2 milhões de aderentes e simpatizantes). Aberto a todos, reúne – pelo seu ideal de unidade, de fraternidade universal, além dos católicos, cristãos de várias denominações, fiéis das grandes religiões e pessoas que não professam uma fé religiosa. Todos participam, segundo a própria consciência e fé religiosa, de modos diferentes do movimento e da sua espiritualidade.

A fundadora dos Focolares é uma das personalidades contemporâneas mais respeitadas. Ela afirma a importância da unidade como um “sinal dos tempos”: unidade entre as pessoas, as gerações, as raças, os cristãos de várias confissões e entre as religiões. Unidade é a palavra-chave dos focolares, cujo objetivo é contribuir para que a humanidade se torne uma grande família.

A espiritualidade da unidade ajudou a cancelar séculos de preconceitos entre os cristãos. Milhares de pessoas de diferentes denominações cristãs participam do Movimento. Desde 1960, Chiara Lubich iniciou um diálogo com personalidades importantes tais como os Patriarcas Ecumênicos de Constantinopla, de Athenágoras I até o atual Bartolomeu I; os Arcebispos de Canterbury: Ramsey, Coggan, Runcie e Carey; os Bispos luteranos Dietzfelbinger, Hanselmann e Kruse; o Prior de Taizé, Roger Schutz. Em julho de 1997, na II Assembléia Ecumênica da Europa, em Graz (Áustria), Chiara apresentou “Uma espiritualidade para a reconciliação”, renovando em todos a esperança e o empenho rumo à Unidade.

A difusão do Movimento no mundo favoreceu e incrementou o diálogo com pessoas de diferentes religiões (judeus, muçulmanos, budistas, taoístas, siks, animistas). Eles também são convidados a viver este ideal de unidade. Em 1981, por exemplo, Chiara Lubich convidada por Nikkyo Niwano, presidente da Rissho Kosei- Kai, apresentou a sua experiência espiritual a mais de 10.000 budistas, em Tóquio. Em janeiro de 1997, Chiara foi convidada a falar a grupos de monges, monjas e leigos budistas na Tailândia, instaurando um diálogo extraordinário entre o cristianismo e o budismo. Em maio de 1997, em Nova Iorque, Chiara teve um encontro pessoal com W.D. Mohammed, atual líder da American Muslim Mission. Chiara é a primeira mulher branca, cristã e leiga a narrar a sua experiência de vida na mesquita de Malcom Shabazz, em Harlem (Nova Iorque), a mais de 3 mil muçulmanos, abrindo assim as portas ao diálogo com o mundo islâmico afro-americano. Em abril de 1998, Chiara encontrou a terceira maior comunidade judaica do mundo, em Buenos Aires, construindo um maior relacionamento de amor recíproco entre cristãos e hebreus.

Desde os primeiros tempos, pessoas de convicções não-religiosas participam das atividades do Movimento que promovem os valores da pessoa e a construção de um mundo unido.

Chiara Lubich recebeu vários prêmios, reconhecimentos e doutorados honoris causa.

Chiara tornou-se cidadã honorária de várias cidades no mundo.

Desde 1994, Chiara Lubich é presidente de honra da WCRP (World Conference of Religions for Peace – Conferência Mundial das Religiões pela Paz), pela sua influência decisiva para o progresso da paz.

Em maio de 1997, Chiara falou a mais de 700 pessoas no Palácio de Vidro da ONU, em Nova Iorque, que compunham um público multi-racial, multicultural e multi-religioso. No seu discurso ressaltou a afinidade que existe entre a ONU e o Movimento dos Focolares. E convidou todos a estabelecer relacionamentos de reciprocidade, uma reciprocidade “…que exige a superação de antigas e novas lógicas de grupos ideológicos… (…) capaz de levar cada protagonista da vida internacional a viver o outro, a assumir as necessidades do outro, as suas capacidades, não somente nas situações de emergência, mas a partilhar diariamente a própria existência”. Gilian Martin Sorensen, assistente das relações exteriores da ONU, exprimindo a saudação do Secretário Geral Koffi Annan, assim se exprimiu: “Chiara nos mostra o impacto que pode causar uma só pessoa que acredita com paixão naquilo que faz…O trabalho de Chiara Lubich é todo imbuído de educação para a Paz, de um senso profundo de harmonia e da consciência de que somos todos intimamente ligados uns aos outros como o ar que respiramos…”.

Tendo por base o que Chiara chama de “cultura da partilha”, lançou um projeto conhecido como “economia de comunhão na liberdade”, segundo princípios que expôs pela primeira vez justamente no Brasil, em 1991. A idéia foi acolhida imediatamente. Hoje mais de 700 empresas aderiram à economia de comunhão no mundo inteiro. Cerca de 80 delas se encontram no Brasil. Nesse projeto se entrevêem linhas sociais e econômicas que articulam princípios nunca antes justapostos: economia, solidariedade e liberdade. A economia de Comunhão foi tema de dezenas de teses em várias universidades do mundo.


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