Na Somália mais de cinquenta mil crianças estão tão subalimentadas que correm o risco de morrer. É a denúncia contida num documento assinado por vinte e duas organizações humanitárias, agências internacionais e associações locais, comprometidas na Somália.
O documento foi divulgado quando o Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante uma visita à sede da Fao em Roma, organização da Onu para a alimentação e a agricultura, frisava a necessidade de intensificar os esforços internacionais na luta contra a fome.
De facto, segundo Ban Ki-moon, «o fim da fome é possível, mas é preciso fazer mais». O Secretário da Onu realçou que todos têm direito a uma nutrição adequada, acrescentando que o Comitê para a segurança dos alimentos e a Fao trabalharam muito para alcançar os objetos do programa chamado Zero hunger challenge (Oportunidade fome zero).
No documento das organizações ativas na Somália frisa-se como depois de três anos da devastadora carestia que atingiu o país africano pelo menos três milhões de pessoas ainda sofrem os efeitos da crise. A Somália foi a mais atingida pela seca de 2011 que envolveu mais de 13 milhões de pessoas no Corno de África.