Cheiro de mãe é único. Olhar de mãe é raio laser, no silêncio percebe tudo. Exemplo de mãe nos ensina. Paciência de mãe é infinita. Lágrimas de mãe têm nome e sobrenome. Descanso de mãe só na eternidade. O nome “mãe” é dengo em três letras. Comida de mãe não se discute o sabor, o tempero é amor. E amor de mãe… aqui emudeço, sem voz para mensurar.
Mamãe de leite, mãe do peito, mãe biológica, mãe de coração, mãe leoa, mãe coruja, mãe viúva, mãe de amor, mãe guerreira, mãe sofredora, mãe espiritual, mãe maravilha, mãe amiga, mãe avó, mãe solteira, mãe carente, mãe de primeira viagem, até as mães mais experientes fazem coisas surpreendentes, que só mãe faz. Um amor ilimitado que impulsiona. Mãe não é tudo igual!
Lágrimas de mãe têm nome e sobrenome. Descanso de mãe só na eternidade.
Quem não tem um gesto de amor em atos para contar de sua heroína? Um “help” no momento certo, uma roupa passada na hora da festa, uma mesada adiantada, uma “sacada” genial nos papos da paixão, a compreensão e o perdão na “pisada de bola”, a motorista na madrugada… e de seus amigos, a intercessora que clama pelo “sim” do papai, a babá dos netos em férias, a enfermeira de plantão 24 horas nas viroses, a motivação e os lanchinhos nas provas, a multiplicadora de meio quilograma de feijão… E tantos outros infinitos gestos que chegam a ser incompreensíveis às vezes, tamanha a generosidade do amor de mãe.
Chego a desconfiar que este amor é quase uma amostra grátis do amor incondicional de Deus por nós, pois elas dão a vida pelos filhos, independentemente de eles corresponderem ou não, se estão próximos ou distantes, sejam eles “bons” ou “ruins”.
Lembro-me de um rapaz de sorriso aberto, que olhava os carros em frente ao meu local de trabalho. Tinha ficha na polícia por assaltos e roubos de carro. De vez em quando, era detido e liberado alguns dias depois, e sempre retornava ao mesmo ponto em busca de uns trocados. Certa vez, percebi que ele havia sumido por mais tempo. O “flanelinha” havia esfaqueado, em uma briga, um homem que veio a falecer na hora, contou-me a mãe triste. Ela lamentava a prisão do filho, estava de olhos marejados, terminou em lágrimas. “É um menino de coração bom, todos os dias me lembro dele”, dizia, inconsolável. Descobri que ela, preocupada com o filho, para que não sentisse fome na cadeia, levava-lhe uma quentinha diariamente na hora do almoço, com o esforço sobrenatural das mães.
Nunca me esqueci deste acontecimento, que me levou a uma experiência com a Mãe das mães, Maria. Assim como Nossa Senhora, a mãe do jovem via algo de bom em favor de seu filho condenado e preso diante da justiça dos homens. Fico a imaginar a Mãe de Jesus, nossa advogada, a nos defender, a procurar virtudes e qualidades em nós, seus filhos, mediante a justiça divina, para nos salvar, cumprindo sua missão de mãe da humanidade.
Coração de mãe é inquieto, já percebeu? Tanto faz ser mãe de um ou de dez filhos. No fervilhar dos pensamentos, como em um jogo de xadrez, ela se conecta com toda a prole simultaneamente. É incrível! Seu esforço não é em vão. A matriarca transforma de forma mediadora tudo isso em uma única e grande rede que se chama família. E no aconchego do lar, ela é mesmo a rainha. Esse título, só a mãe “das mil coisas” merece. Amo minha mãe. E você?
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