Com uma imagem de Nossa Senhora das Graças, duas jovens franceses viveram experiências marcantes em uma jornada de fé e oração. Isso porque as pessoas que elas encontraram, ao longo da peregrinação, abriram as portas acolhendo as duas de uma forma excepcional. Nessa jornada, Estelle Casanova, de 23 anos, e Jeanne-Elisabeth Seroth, de 25 anos, escolheram partir sem nenhum dinheiro. Elas carregaram apenas dois conjuntos de roupas e muitas Medalhas Milagrosas, além de, é claro, uma estátua de Nossa Senhora.
A idealizadora do projeto foi Jean-Elisabeth Serot. Em fevereiro do ano passado, ela ligou para Estelle e contou que seu sonho era fazer uma peregrinação mendicante de setembro a dezembro. “Ela ficou surpresa que eu aceitei. Para fazer este projeto, fiz uma pausa nos estudos. Retomo as aulas neste mês de janeiro”, conta Estelle. Já a professora Jean-Elisabeth Serot resolveu tirar um ano de férias.
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A recepção excepcional e o destino da peregrinação
Quando batiam nas portas de estranhos em busca de abrigo durante a noite, a receptividade era quase que imediata. As jovens acreditam, inclusive, que ninguém pode dizer ‘não’ depois de ver a imagem sagrada da Mãe de Deus. Essa peregrinação teve como destino os cinco grandes santuários marianos que formam um ‘M’ no mapa da França. Ao todo, elas percorreram cerca de 1600 quilômetros. Vale destacar que, durante a caminhada, elas rezavam e recitaram o Rosário buscando bênçãos sobre todos os que encontravam diariamente.
No roteiro de peregrinação, esteve ainda a Abadia de Mont-Saint Michel e o santuário mariano de Pontmain, que é o local de uma das aparições de Nossa Senhora. Também estava no planejamento das peregrinas uma parada para rezar na Basílica de Sainte-Anne d’Auray, na Bretanha, que é o principal centro de peregrinação da região e o terceiro mais popular do país, depois de Lourdes e Lisieux.
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Jovens peregrinam com Nossa Senhora e evangelizam na França
Também durante a caminha, elas encontraram muitas oportunidades para evangelizar as pessoas que conheciam, compartilhando seus depoimentos e experiências. Elas fizeram a distribuição das Medalhas Milagrosas para todos que encontram, incluindo aquelas pessoas que as acolhem em suas casas. Vale ressaltar que, em muitas ocasiões, as famílias acolhedoras tiveram curiosidade em conhecer a fé e aproximar-se de Deus.
Estelle conta que perto de Pointe du Raz, uma senhora que as acolheu disse que não queria que se discutisse religião em sua casa. Mas, à medida que a conversa avançava, ela começou a fazer perguntas sobre fé das peregrinas, porque estava muito intrigada com a juventude e fervor espiritual das duas.
Outro belo testemunho que elas dão para o povo é que, durante os 100 dias de peregrinação, em nenhuma noite elas foram forçados a dormir nas ruas, pois a Virgem Maria abriu as portas e os corações. Outro ponto que merece ser considerado é que tudo isso elas têm vivenciado em meio à pandemia e restrições do coronavírus.