Na nossa querida Comunidade Shalom, valorizamos muito o pastoreio e a formação integral dos membros da comunidade, mas também dos participantes de nossos grupos de oração e centros de evangelização. Esses recursos de pastoreio, orientações e formações pessoais que usamos já eram também muito valorizados na Igreja, desde os primeiros séculos. Todo religioso consagrado ou mesmo um leigo sério e comprometido, necessita buscar um bom orientador espiritual, normalmente sacerdote, que pode, assim, ouvi-lo e ajudá-lo.
O título “orientador espiritual”, só é dado formalmente na Igreja aos sacerdotes. Porém, após o Concílio Vaticano II, muitos leigos começaram a trilhar uma vida de engajamento e comprometimento sério com Deus e com a Igreja. Tanto que é belo ver hoje muitos leigos que dão um grande testemunho de amor a Deus, mas também de conhecimento e profundidade espiritual.
A Obra Shalom surgiu por inspiração de Deus ao nosso fundador Moysés Azevedo, como sabemos, em 1982. Desde o início, nosso fundador e os demais irmãos sentiram a necessidade de pastorear, acompanhar bem os membros da Comunidade, mas também nossas ovelhas, ou seja, aqueles que eram evangelizados por nós e participavam do dia a dia da Obra. Surgiu daí, então, a inspiração de um tipo de pastoreio pessoal tanto dos participantes da obra, como dos membros da Comunidade de Vida e Aliança.
Os que coordenavam os grupos de oração, acompanhando e orientando os participantes, receberam o nome de pastores de grupo de oração. Os que acompanhavam e orientavam de modo individual ou comunitário os membros da Comunidade receberam o nome de formadores pessoais ou comunitários. Temos ainda o acompanhador vocacional, para aqueles que estão a procura de bem e discernir a vontade de Deus para suas vidas em nível de vocação.
Assim, resta uma pergunta que, se bem respondida, pode fazer toda a diferença no bom uso e desempenho desses instrumentos. Como fazer uma boa formação pessoal, aconselhamento ou pastoreio pessoal?
Coração de formando
Os grandes filósofos gregos acreditavam e ensinavam que o maior ignorante é justamente aquele que acha que já sabe tudo, pois não consegue ouvir. A pessoa que acha que já sabe tudo não se abre a correções, nunca aceita que está errado. A pessoa que acha que já sabe tudo se fecha, inclusive, a novos aprendizados. Mesmo na nossa relação com Deus é assim, quando a gente acha que já entende tudo, quando a gente julga que já “pegou Deus nas mãos”, é justamente nesse momento que nossa vida espiritual, mas também fraterna, apostólica, afetiva ou mesmo sexual, começa a cair.
Ter um coração de formando significa ter sempre uma porta aberta para ouvir e aprender. Significa entender que não se sabe tudo, que não se tem respostas para tudo e que, portanto, precisa ter sempre um canal aberto para ouvir e ser corrigido. Porém, é bom que se diga quantas vezes for necessário: essa formação não se limita a aquisição de informações, ao acúmulo de conteúdo, mas a santidade de vida, ao crescimento nas virtudes.
Se você é membro da Comunidade Shalom, Vida ou Aliança, se você é uma ovelha de grupo de oração, se você é membro de qualquer outra comunidade ou instituição da Igreja, faça bom uso dos recursos formativos disponíveis. Sem dúvida, aos poucos você vai perceber os grandes passos que conseguiu dar na sua relação com Deus, com você mesmo, com os outros, enfim, com o mundo.
Mais do que um diploma pós-curso, mais do que uma vaga de concurso, você terá uma alma e um coração santos. Ajude-me a contribuir com o crescimento humano e espiritual de outras pessoas. Compartilhe essa matéria com os seus contatos.
Deus te abençoe sempre, Shalom!
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