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Como substituir as telas na educação dos filhos

Com o fenômeno da cultura digital, os pais estão diante de novos desafios na educação dos filhos.

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Mais fácil é deixar o filho na frente de alguma tela enquanto se precisa fazer tantas outras coisas, mas não é o recomendável, tampouco educativo. Com o fenômeno da cultura digital, os pais estão diante de novos desafios na educação dos filhos. “Aprendi que as crianças pequenas não precisam de estímulos  excessivos”, comenta Luciana Fiori Cortez, consagrada na Comunidade de Aliança Shalom, fonoaudióloga, mãe da Lia Maria (3 anos) e do João Tobias (2 anos).

Junto com o esposo Tobias Cortez optou em educar os filhos na curiosidade. Aprender isso fez toda diferença na vida de Luciana. “Buscamos deixar a criança livre para criar suas próprias brincadeiras, interagir com o mundo criado e incentivamos ao serviço dentro de casa como ajudar a limpar algo que derramou, lavar um copo, dobrar as suas roupas”, especifica a mãe.

A consagrada conta que limitou o tempo diário dos filhos para uso de telas. “Percebi que em um dos meus filhos a desobediência aumentava com o excesso de estímulos e a criatividade ficava estagnada”, relata.

Luciana está certa, a exposição de crianças às telas é prejudicial à saúde em vários aspectos. Ivana Teles,psicóloga do Hapvida, afirma que o uso excessivo de eletrônicos pode trazer como consequência a dependência do mesmo, assim como depressão, ansiedade e impulsividade. “Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que também favorece o sedentarismo e, consequentemente, a obesidade”, enfatiza a profissional.

Com a experiência materna e com estudos sobre a educação dos filhos, Luciana descobriu que “na primeira infância, as crianças precisam apenas que sejam amadas e tenham vínculo fortalecido com os pais. Que a atmosfera que a envolva seja um ambiente que favoreça a curiosidade e não um local que a deixe parada na frente do celular”.

É fundamental colocar as crianças em contato com a natureza. Foto: arquivo pessoal.

Ansiedade e agressividade também estão entre os fatores negativos desencadeados pela exposição às telas. “Isso porque as crianças que ficam excessivamente expostas aos recursos eletrônicos pouco são frustradas e pouco são expostas a situações que favorecem a construção da paciência, pois usam as telas para não precisar esperar, além de diminuir o contato com limites. Outro aspecto fundamental é a relação familiar que fica prejudicada, já que o vínculo se torna cada vez mais reduzido”, explica a psicóloga Ivana Teles.

Na casa de Cleiton Ramos, consagrado na Comunidade Aliança Shalom e jornalista, o procedimento é parecido. Televisão são apenas 10 minutos diários e nada de tabletes ou celular para a pequena Maria Nogueira Ramos, de  9 meses de idade. “Ela já fala várias palavras, está começando a ficar em pé e tentando andar sozinha”, conta. “É muito mais exigente educar sem as telas. Nós criamos uma rotina pra Maria. Tem hora de passear no condomínio, ver bichos, crianças”, exemplifica.

Cleiton Ramos e a filha Maria Nogueira de 9 meses. Foto: arquivo pessoal.

Essa rotina criada na casa do Cleiton é fundamental. Ela é o antídoto para a superexposição digital capaz de prejudicar até o sono da criança. “A luz emitida pelo celular reduz a produção de melatonina (hormônio do sono), além de promover uma grande estimulação cerebral antes de dormir”, explica Ivana que reforça a recomendação dos pais ofereceram uma alternativa às telas, como “brincadeiras, jogos, quebra-cabeça, contação de histórias, leitura, música e o contato com a natureza”.

As telas também podem afetar diretamente a visão diante de uma exposição exagerada.

“Pode favorecer o surgimento precoce e progressão rápida de miopia em crianças vulneráveis geneticamente. Nas crianças como em adultos, pode levar a fadiga e ressecamento oculares, explica o médico oftalmologista Marco Dias (CRM 13.023 RQE 8950).

O profissional da saúde indica os sintomas decorrentes da superexposição às telas: “dor de cabeça, olhos irritados (avermelhados), crianças que estão coçando muito os olhos, crianças que sempre colocam os objetos muito próximos aos olhos na tentativa de enxergar melhor ou que não se interessam por atividades que necessitam olhar para longe”.

Recomendação da OMS.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que crianças até 2 anos de idades não sejam expostas aos aparelhos eletrônicos, enquanto as de até 4 anos, podem, mas apenas por um período de uma hora fracionada. “Acima de 4 anos de idade e durante toda a infância, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda no máximo 2 horas por dia, fracionada”, relembra doutor Marco.

Shalom Kids

Shalom Kids é uma iniciativa para a evangelização das crianças.

A Comunidade Shalom lançou a coleção Shalom Kids, iniciativa da Comunidade para a evangelização de crianças até 12 anos, com o objetivo de transbordar a experiência com Deus para toda a família por meio da vida de oração dos filhos e sua educação segundo os valores cristãos. “Entende-se que educar a criança favorece a ação da Graça em sua vida e enraíza valores por toda sua vida”, explica João Edson, coordenador das Edições Shalom.

 O Caminho da Paz Kids se divide nas seguintes fases:

 – Tesouros do Reino – até 3 anos

O Louvor dos Animais

O Coração que Ama

– Reino Secreto – 4 a 6 anos

O Herói de Papel

Nossa Pequena Rainha

Só eu e Jesus

Como rezar com a minha Bíblia

Somos todos sementinhas

– Amigos do Reino – 7 a 9 anos

Caderno de Atividade

Como rezar com a minha bíblia

– Aventureiros do Reino – 10 a 12 anos

YOUCAT

Por Vanderlúcio Souza


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