Confesso para você que quando me pediram para escrever sobre esse tema tremi várias vezes na base: primeiro porque não sou psicóloga e tem profissionais muito mais qualificados que eu. Segundo, porque eu mesma sou a primeira a ter que ler e colocar essas linhas em prática.
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Há 6 anos eu venho em uma luta constante para aprender a respeitar os limites do meu corpo e mente diante de uma vida missionária em que vemos todos os dias tantas necessidades de irmãos que precisam conhecer a Deus. Vou escrever aqui com base nessa experiência e nos ensinamentos que fui recebendo dos meus diretores espirituais, formadores e profissionais que me auxiliam.
Espero que te ajude, claro… Conte comigo, busque ajuda, qualquer coisa, me chama! =D
Primeiros passos
Nesse caso, não vamos seguir um itinerário, não existe uma regra única, nem receita de bolo, para cada um de nós Deus tem uma pedagogia dentre de aspectos essenciais. Por isso, leia primeiro os itens e escolha começar por onde faz mais sentido para você:
Faça um processo de reconciliação e perdão consigo, com Deus e com os irmãos. Rancor e ‘congelar nosso passado” gera ainda mais fadiga. Em outras palavras, aprenda a lidar com as frustrações próprias da nossa humanidade. Busque o autoconhecimento constante.
Santa Catarina de Sena nos diz que “ninguém é tão perfeito que não possa se aperfeiçoar no Amor”. Busque aperfeiçoar-se, crescer em santidade e humildade a cada dia.
Aceite sua pequenez e que tudo venha de Deus e volte para Deus. Aqui podemos correr dois riscos:
O primeiro é para aquelas pessoas que diante de tantas necessidades e súplicas da humanidade correm o risco de achar que é com suas forças e que se parar de trabalhar, se descansar, deixará de suprir a necessidade de alguém. “Calma, irmã(o), confie em Deus!”.
Um testemunho pessoal: ultimamente quando alguém me pede algo e eu preciso dizer não, eu faço uma breve oração entregando a Jesus aquela necessidade. Se eu não posso, com certeza outro poderá”.
O segundo risco é para aquelas pessoas que, por medo de estafar, de “desequilibrar” sua vida, acabam se retendo. Meu irmão, minha irmã, todos nós precisamos ser úteis, é básico da vida humana. Hoje mais cedo quando rezava, Deus me dava uma imagem de uma ovelha sendo tosquiada até o sangue enquanto outras se escondiam com medo de serem tosquiadas. Se você se esconde, a quem Deus irá recorrer como instrumento insuficiente para sua Obra? “Não tenhas medo, muito maior que o medo é o Senhor que te elegeu”.
Viva uma vida de oração intensa!
Intensa não significa arrebatadora e na sétima morada. Intensa significa intimidade e amizade com Aquele que você se encontrará. Apresente a Ele suas preocupações. trate-o como um Amigo mais velho, como Alguém que tem muito a te ensinar. Escute-o e peça seus dons. Peça que seja Ele mesmo a agir em você. Não conte com suas forças, mas com a Graça de Deus. Viva uma vida na Graça, viva os sacramentos, confie na Graça santificante.
Conheça e respeite o templo vivo que é seu corpo!
Não falo em “ser fitness não, porque quem me conhece sabe que eu malho é pra comer!” hehe. Falo em voltar ao essencial da vida cristã, em cuidar do seu corpo com a virtude da sobriedade e temperança. Tenha uma vida saudável para o corpo, a mente e a alma. Elimine dos seus dias os “ladrões do tempo” que te roubam a vida! Busque hábitos saudáveis no básico da fisiologia e sobrevivência: dormir bem, comer bem, beber (água!) e Amar (na Caridade Divina).
Busque uma vida alegre e simples!
Não se isole, não viva só, busque amizades santas e santas amizades.
Não tenha medo de se afastar de pessoas que te fazem mal. Busque a amizade dos santos e também a amizade com pessoas que podem te ajudar a viver uma vida mais alegre e virtuosa. Visite a Casa da Comunidade de Vida Shalom, chame um irmão ou irmã consagrada para lanchar. Perca o medo de convidar aquela pessoa que você admira para lanchar e conversar sobre coisas saudáveis. Caso ela te fira, volte para aquele assunto do perdão e siga a vida! Na próxima vai dar certo! – Busque encontrar alegria em pequenas coisas, a posse pesa e a simplicidade nos faz ainda mais livres!
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Vamos juntos!