A Comunidade Católica Shalom está presente em várias cidades do Brasil e do mundo sempre com a missão de evangelizar e anunciar Cristo Ressuscitado a toda criatura. E esse clamor, alcançou o coração da árabe Ronit Aziz Habib, de 38 anos. Ela é a primeira discípula árabe da Comunidade de Aliança Shalom. Ronit recebeu seu sinal de discipulado – uma cruz de madeira na forma da letra grega Tau – nesse mês de maio em Haifa, na Terra Santa.
No Shalom, os discípulos são acolhidos como membros em período de formação, que antecede a profissão das primeiras promessas (consagração), quando tornam-se membros de direito.
Ronit Habib, nasceu em Deir Hanna, mas desde os oito anos de idade mora em Haifa, cidade onde cresceu e participou do grupo de jovens na Paróquia Latina de São José. “Nesse grupo, descobri que Deus existia e que eu precisava participar da missa”, diz.
Mas a sua experiência pessoal e espiritual com o amor de Deus aconteceu em 1998, quando conheceu o modo carismático de rezar. Mesmo sem entender a oração em línguas e com muitas dúvidas do que o leigo Nader Bshouty, coordenador de um grupo de oração, falava, Ronit recebeu os dons do Espírito Santo.
“Na verdade, fiquei curiosa, pois já tinha ouvido falar por meio de minha mãe, irmãos e amigos que, quando Nader rezava, a sensação era de muita paz, por estar na presença de Deus. E eu também queria viver essa experiência”, testemunha.
Depois de três anos no grupo “Iesua Hay” (Jesus Vive), ela conheceu a Comunidade Católica Shalom, que chegara em missão na cidade de Haifa. Logo se sentiu acolhida por todos. “Mas como vou deixar minha comunidade por outra?” Questionou-se. Porém, depois de algum tempo de aproximação, o medo foi superado pelo amor de Deus, quando Ronit se lançou em uma pequena experiência: viver alguns dias na Comunidade de Vida.
Sem muito êxito, e confusa com as diferenças culturais e de língua, Ronit se distanciou do Shalom e passou a achar que não tinha a vocação. Um ano depois, a misericórdia de Deus mais uma vez foi providencial em sua vida. Deus não havia desistido dela. No Halleluya, foi convidada para servir e, ao segurar o sinal de uma consagrada, sentiu que seu lugar era ali, com a Comunidade Shalom. Voltou ao grupo de oração e no ano seguinte começou a trilhar um caminho de discernimento vocacional.
A vida de oração e a forma como a Comunidade reza a atraiu muito. “Como árabe, senti que há algo diferente na Comunidade Shalom, porque tem amor, paz e humildade. Senti que tinha algo diferente por causa dos problemas políticos que vivemos aqui, de forma especial com os cristãos: o preconceito e a discriminação. Faltava a paz e o amor e tudo de que necessitávamos. Quando veio a Comunidade Shalom, senti neles algo diferente, era a maneira como oravam. Não tinham preconceito ou ódio ou nada ruim, amavam as pessoas mesmo que elas não os amassem. Orientada a pedir o dom do amor, pela primeira vez, senti paz interior. Desde aquele dia, eu sinto com os consagrados que estou em paz”.
Ângela Barroso
Salam aleikum, Ronit!! Vou coloca-la no meu Terço!!!
Bendito seja Deus pelo dom da vida da Ronit!!!
Hoje, felizmente, sou testemunha da vida dela ofertada e apaixonada por Deus a cada dia.