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Conheça a história de São Tomás More, o padroeiro dos políticos

Sua esposa e seus filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante em qualquer situação.

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Foto | Unsplash

São Tomás More nasceu em Chelsea, Londres, na Inglaterra, no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo.

Aos treze anos de idade, ele foi trabalhar como mensageiro do arcebispo de Canterbury, que, percebendo a sua brilhante inteligência, o enviou para a Universidade de Oxford. Seu pai, que era um juiz, mandava apenas o dinheiro indispensável para os seus gastos.

Aos vinte e dois anos, já era doutor em direto e um brilhante professor. Como não tinha dinheiro, sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante, tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor e uma devoção cristã arrebatadora.

Chegou a pensar em ser um religioso, vivendo por quatro anos num mosteiro, mas desistiu. Tentou tornar-se um franciscano, mas sentiu que não era o seu caminho. Então, decidiu pela vocação do matrimônio. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Mas sua vocação ia além, estava na política e literatura.

Contudo, Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais e pessoas humildes, preferindo a estes mais que aos ricos, evitando a vida sofisticada e mundana da corte.

Sua esposa e seus filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante em qualquer situação. A sua contribuição para a literatura universal foi importante e relevante.

Escreveu obras famosas, como: O diálogo do conforto contra as tribulações, um dos mais tradicionais e respeitados livros da literatura britânica. Outros livros famosos são Utopia e Oração para o bom humor.

Em 1529, Tomás More era o chanceler do Parlamento da Inglaterra e o rei, Henrique VIII.

No ano seguinte, o rei tentou desfazer seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para unir-se em novo enlace com a cortesã Ana Bolena. Houve uma longa controvérsia a respeito, envolvendo a Igreja, a Inglaterra e boa parte do mundo, que acabou numa grande tragédia. Henrique VIII casou com Ana, contrariando todas as leis da Igreja que se baseiam no Evangelho, que reconhece a indissolubilidade do matrimônio.

Para isso, usou o Parlamento inglês, que se curvou e publicou o Ato de Supremacia, que proclamava o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra.

O rei também mandou prender e matar seus opositores. Entre eles estavam o chanceler Tomás More e o bispo católico João Fisher, as figuras mais influentes da corte. Os dois foram decapitados: o primeiro foi João, em 22 de junho de 1535, e duas semanas depois foi a vez de Tomás, que não aceitou o pedido de sua família para renegar a religião católica, sua fé e, ainda, fugir da Inglaterra.

Ambos foram mártires na Inglaterra, os quais, com o testemunho cristão, combateram a favor da unidade da Igreja Católica Apostólica Romana, em um tempo de violência e paixão. Suas lembranças continuam vivas em verso e prosa, nos teatros e nos cinemas.

Seus exemplos são reverenciados até hoje pela Igreja. Eles foram canonizados na mesma cerimônia pelo papa Pio XI, em 1935, que indicou o dia 22 de junho para a festa de ambos.

São Tomás More deixou registrada a sua irreverência àquela farsa real por meio da declaração pública que pronunciou antes de morrer: Sedes minhas testemunhas de que eu morro na fé e pela fé da Igreja de Roma e morro fiel servidor de Deus e do rei, mas primeiro de Deus. Rogai a Deus a fim de que ilumine o rei e o aconselhe.

São João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More Padroeiro dos Políticos.

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