Na sexta-feira (18), o Santo Padre autorizou a promulgação do decreto que reconhece as virtudes da brasileira Serva de Deus Irmã Benigna Vítima de Jesus. Além dela, outros Servos de Deus também devem ter as virtudes reconhecidas. O anúncio aconteceu durante audiência do Papa Francisco com o cardeal Marcello Semeraro, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
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Sobre a Irmã Benigna
Maria Conceição dos Santos (nome de Batismo da religiosa) nasceu em 16 de agosto de 1907 em Diamantina, Minas Gerais. De sua mãe, ela recebeu uma sólida educação na fé em Deus. Por isso, tempos depois, ingressou na Congregação das Irmãs Auxiliadoras de Nossa Senhora da Piedade. Entre as suas atividades do dia a dia, estava a dedicação aos pobres, aos mais humildes, aos doentes e também aos aflitos.
Por ser negra e por ter tendência à obesidade e aos distúrbios hormonais, Irmã Benigna sofreu descriminação ao longo de sua vida. Contudo, isso não a impediu de ser sempre referência de bom humor. Aqueles que a conheciam testemunham que ela tirava forças da Graça de Deus para seguir fazendo o bem a todos, mesmo em meio aos desafios. Inclusive, sua vida foi expressão de caridade e fortaleza.
No dia 16 de outubro de 1981, após uma vida de entrega, doação e partilha, o seu imenso coração parou. De forma silenciosa, ela se foi em paz, lutando até o fim, terminando sua obra grandiosa. As flores que a cobriam no caixão foram levadas pelos devotos e amigos e em seu lugar colocados bilhetes com seus pedidos de graças. Sua obra aqui na terra havia terminado, mas sua intercessão continuava.
A fase diocesana do processo de Irmã Benigna teve início na Arquidiocese de Belo Horizonte, também em Minas Gerais, no dia 15 de outubro de 2011. O início da fase Romana no Vaticano aconteceu em 15 de abril de 2013. E na última sexta-feira (18), o pontífice autorizou a promulgação do reconhecimento de suas virtudes.
Mais Servos de Deus terão virtudes reconhecidas
Também foram reconhecidas as virtudes heroicas do Servo de Deus cardeal Eduardo Pironio, argentino nascido em 3 de dezembro de 1920. Ele faleceu em Roma no dia 5 de fevereiro de 1998. Seu nome está ligado às Jornadas Mundiais da Juventude. Inclusive, o cardeal foi um dos fundadores desses encontros mundiais.
Já Maria Costanza Panas (Agnese Pacifica, nome de nascimento) foi levada aos altares por conta da cura milagrosa de uma recém-nascida de San Severino Marche, Itália, que sofria de “grave sofrimento fetal causado por um anemia fetal-natal e por hemorragia cerebral; insuficiência de múltiplos órgãos”. Ela era uma Clarissa capuchinha, nascida em 5 de janeiro de 1896 em Alano di Piave, foi ainda abadessa do mosteiro de Fabriano várias vezes, onde morreu em 28 de maio de 1963.
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