Podemos dizer que o nascimento da Marinha do Brasil se deu em 1567, quando, de improviso foi armada uma tropa do mar usada para expulsar os franceses do Rio de Janeiro. Nessa batalha, até os índios usaram suas embarcações para ajudar os portugueses. Mas foi apenas em 1808 que as primeiras tropas do mar, propriamente ditas, vieram para o Brasil.
Elas chegaram com a família real portuguesa. Depois disso, a Marinha Brasileira sempre esteve presente em batalhas e guerras. Entre os anos de 1610 a 1615, as esquadras marítimas do Brasil tiveram seu papel importante na expulsão dos franceses do Maranhão, onde tentavam estabelecer colônias. Durante esse impasse, foi nomeado o primeiro comandante naval brasileiro chamado Jerônimo de Albuquerque.
Em 1823, a Marinha do Brasil declarou sua independência das esquadras portuguesas e constituiu sua própria esquadra. Essa nova tropa, com a ajuda da marinha inglesa, conseguiu resgatar as regiões Norte, Nordeste e a Província de Cisplatina.
Muitas foram as participações da Marinha do Brasil, tais como: no Combate Naval de Abrolhos, que expulsou os holandeses em 1631; na ação naval na Baía de Todos os Santos, que expulsou os holandeses de Salvador em 1635; na Batalha Naval do Riachuelo, em 1865, na Guerra Cisplatina; na Primeira Guerra Mundial, em 1918, apoiando os Aliados; na Segunda Guerra Mundial, de 1941 a 1945, também apoiando os Aliados na luta contra o nazi-fascismo.
O Patrono da Marinha Brasileira é o Marquês de Tamandaré, cujo nome de batismo é Joaquim Marques Lisboa. Ele nasceu no dia 13 de dezembro de 1807, no Rio Grande do Sul. Seu pai era o capitão de Milícias Francisco Marques Lisboa, que, posteriormente, foi nomeado “Patrão-Mor” do porto do Rio Grande, em 1808, com posto de tenente honorário da Marinha. Portanto, o Marquês de Tamandaré foi criado entre a gente do mar, conhecendo todas as histórias e aventuras dos marinheiros.
Ele também passou a conhecer todos os tipos de barcos, mercantes ou de guerra. Assim, a vocação do Marquês de Tamandaré nasceu espontaneamente, ingressando, aos dezesseis anos de idade, na Armada Nacional Imperial como voluntário.
Aos poucos, se mostrou capaz e corajoso nos inúmeros comandos que lutou contra focos revoltosos. Mas foi na Guerra da Tríplice Aliança, que ficou conhecido como um grande comandante. O Marquês de Tamandaré sempre foi um exemplo de marinheiro. Ele gostava de ser chamado de Almirante Tamandaré, pedindo que deixassem de lado as honrarias do título nobre de marquês.
Fonte: www.paulinas.org.br