Em certa homília, um sacerdote falava que precisamos não somente fazer oração, jejum e esmola, mas devemos ser oração, jejum e esmola! Isso tocou tão forte ao coração… Parecia que dessas palavras ecoava um resumo chamado Amor Esponsal! E o que é a vida de um consagrado senão a união dessas três graças?
Ser Oração!
A intimidade com Deus envolve a vida do consagrado. O estar diante do Amado torna-se uma necessidade, e esses momentos parados com Deus jorram como uma fonte que fecunda todos os momentos do seu dia. A Palavra vai fazendo sentido diante de cada situação e de cada eucaristia recebida. Torna-se força e sustento do coração. O Esposo é vivo, é a companhia de cada momento, de cada ação… E essa companhia faz da vida consagrada um lugar de oração, ele se torna oração!
Ser Jejum!
A experiência da renúncia permeia o vocabulário da vida consagrada… Uma renúncia em vista de uma escolha mais perfeita e plena, renuncia de alegre espera pelo que virá, renuncia em vista dos que não conhecem o Amado. Assim como o jejum expressa uma união com as dores de Cristo e espera pela sua volta, a vida do consagrado une a sua carne à Paixão de Cristo, e, nele, à paixão da humanidade e manifesta a alegria do Esposo que virá! É como se sua alma e sua carne permanentemente gritassem “Vosso amor vale mais que a vida”!
Ser esmola!
O consagrado não é para si! Ser esmola não é “dar o que sobra”, mas é aquela experiência da viúva que ofertou tudo ou da mulher que derrama seu mais caro perfume. A vida consagrada é um holocausto, uma hóstia viva ofertada pelos “pobres de Deus”, oferta como a de Cristo que se faz pobre para enriquecer. Não simplesmente uma oferta de coisas materiais, mas uma oferta de si. Oblação de amor que alimenta um povo!