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Crianças têm de ser tratadas com muito amor

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«Cada criança que vem a este mundo é criada e amada por Deus», diz Dom Luciano de Almeida

Ao constatar que os casos de brutalidade e violência contra as crianças são mais freqüentes do que se imagina, um arcebispo ensina que a maneira correta de se tratar as crianças é com amor.

Dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (Estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil), comentou o recente caso ocorrido nessa cidade, em que internaram uma criança em estado grave devido a queimaduras no corpo. O próprio pai tinha ferido a criança indefesa.

«Pode parecer um gesto de loucura, porém, infelizmente, os casos de brutalidade e violência contra as crianças são mais freqüentes do que pensamos», escreve o arcebispo.

Segundo ele, este é um ponto em que todos têm de melhorar. «Como tratar as crianças? A resposta é simples: com muito amor», diz.

«A razão mais profunda é a certeza de que cada criança que vem a este mundo é criada e amada por Deus», explica.

Segundo o arcebispo, cada criança deve ser acolhida como um dom de Deus à humanidade.

«Ela nos é confiada para que colaboremos no seu pleno desenvolvimento, tornando-a capaz de entrar em comunhão com Deus e de se realizar como pessoa, fazendo o bem a seus semelhantes», ensina Dom Luciano.

O arcebispo reconhece o esforço de muitos tratam as crianças com afeto e carinho, transmitindo-lhes educação, segurança e desejo de viver.

«Graças a Deus aí estão os pais e educadores abnegados, capazes de acompanhar e orientar as crianças com sacrifício e carinho, ajudando-as a discernir valores, formar a consciência, acreditar na vida e assumir responsabilidades», prossegue.

Mas, segundo o arcebispo de Mariana, é também verdade que ainda hoje no Brasil muitas crianças são vítimas do egoísmo, da frieza e da brutalidade dos adultos, até na própria família.

«Há pais que gritam, batem nos filhos e impõem castigos absurdos. Como deve ser traumatizante para uma criança ser espancada pelo pai alcoolizado».

Segundo Dom Luciano, não há só a agressão física. «Como ficam os filhos, vítimas de descaso, solidão e abandono? Para corrigir uma criança vale muito mais o amor. Crianças sofridas, de olhar triste, amedrontadas, subnutridas, quantas são pelo Brasil afora?»

O arcebispo pede uma reforma da atitude de cada um «para com esses pequeninos». «Temos de abrir o coração para acolher a criança, nela acreditar, compreendê-la e animá-la. Aprendamos com Jesus Cristo a amar os pequeninos. São filhos do Pai que está nos céus».

Dom Luciano chama a atenção ainda para que «a nova etapa política continue incentivando a implementação do artigo 227 da Constituição e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelecem, com absoluta prioridade, o dever da família, da sociedade e do Estado de assegurar à criança e ao adolescente, entre outros, o direito à vida, à dignidade e ao respeito e à convivência familiar e comunitária, colocando-os a salvo de toda violência e agressão».

«As crianças precisam de amor, de muito amor. Você será feliz se fizer uma criança feliz», escreve o arcebispo.

Fonte: ZENIT


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