Os pregadores Enne Karol e padre Silvio Scopel têm algo em comum além do gosto pela matemática: eles descobriram um grande “tesouro” e, “loucos” que são, querem que todos o descubram também. Esse “tesouro”, claro, é Jesus Cristo, e esse desejo de que todos O descubram está no “DNA” de quem carrega o Carisma Shalom. Esse é o chamado à Evangelização, a “dar de graça o que de graça recebemos.”
No Congresso do Caminho da Paz, o Caminho de Evangelização ganhou a marca do testemunho pessoal. Foi o Espírito Santo que transformou o hoje padre Silvio Scopel de um católico que nem queria ser praticante em um jovem fervoroso. Foi o Espírito Santo que transformou a hoje missionária da Comunidade de Aliança Enne Karol de uma jovem sem sentido de vida numa evangelizadora decidida a dar a Deus “tudo o que tenho e sou”.
Com a descoberta do Carisma, veio à tona um jeito “Shalom” de viver e anunciar o Evangelho. “Somos de diferentes lugares e histórias, mas o Carisma nos dá um mesmo jeito de ser. Do mesmo modo que uma família de sangue tem a sua semelhança física, uma família espiritual tem uma semelhança de viver o Evangelho. A Obra Shalom é uma parte do povo de Deus que recebeu pelo Espírito Santo uma forma particular de seguir a Jesus dentro da Igreja Católica. O Moysés define o povo Shalom de dois modos: orante e em movimento evangelizador.” (Padre Silvio Scopel)
Um Centro de Evangelização “ambulante”
Como a ovelha Shalom pode ser orante e evangelizadora? A ovelha Shalom é aquela que encontra um espaço no intervalo do almoço para fazer o estudo bíblico ali no trabalho mesmo, que testemunha entre os colegas o compromisso de amor com a Missa diária, que na constância do testemunho se faz sinal de Deus no ambiente de trabalho e assim gera um anúncio da Pessoa de Jesus que flui naturalmente, com a própria vida.
Ou seja: para além das estruturas, a ovelha se torna, ela mesma, um polo de atração e irradiação do carisma, um chamado Centro de Evangelização “ambulante”, que anuncia a experiência cotidiana com o Ressuscitado que Passou pela Cruz. Padre Silvio Scopel reforça: “a forma mais eloquente de evangelizar é pelo testemunho pessoal”.
É isso que o Caminho da Paz desperta nos Grupos de Oração: um povo evangelizador. “No meu grupo há uma dinâmica de evangelização muito forte nos ambientes de trabalho. A sociedade está muito sobrecarregada, há muita correria do dia a dia, e eles são ali um sinal de Deus”, aponta o pastor de Grupo de Oração Rafael Leite Pires, da Missão de Palmas, no Tocantins. Ele comemora: “Eu vejo um momento vindo do Espírito Santo através da vida de contemplação das ovelhas tanto para a unidade como para a evangelização, o que gera frutos de santidade”. Essa harmonia entre oração, fraternidade e anúncio é oportunizada pelo itinerário do Caminho da Paz.
É claro que a fidelidade ao ministério também dá autenticidade ao que se vive. “A gente vai cultivar a pertença ao povo Shalom no engajamento, na participação nos eventos e na fidelidade ao ministério”, atesta padre Silvio Scopel. Enne Karol chama à fidelidade em vista da finalidade maior da evangelização: “a nossa vida em Deus salva a humanidade. Salva aqueles que não tinham sentido. Salva as famílias que estavam sendo destruídas”, completa.
O Congresso do Caminho da Paz
Com o tema “Um novo derramamento do Espírito Santo” o encontro celebra os 15 anos do itinerário formativo e oracional da Comunidade Shalom. De 15 a 17 de março estão reunidos na Igreja do Ressuscitado que passou pela Cruz, em Fortaleza, membros dos Ministérios de Pastoreio e Ensino e acompanhadores de diferentes missões da Comunidade Católica Shalom espalhadas pelo Brasil.
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