O texto que vamos meditar é o de Lucas 6, 12-19, “A escolha dos Doze”.
Nessa passagem tão importante e tão rica em ensinamentos para quem é líder, percebemos a importância que Jesus dá a sua vida de intimidade com o Pai e o quanto a mesma é necessária para o exercício do seu ministério que se inicia.
Jesus, antes de compor sua equipe de trabalho, antes de escolher aqueles que iriam dividir com ele sua missão de salvar e resgatar almas se retira e passa a noite em oração. O que Ele quer nos ensinar com essa atitude? Ele precisava de tudo isso? Bom, a verdade é que Jesus deixa bem claro que para liderar, estar à frente de algo no Reino de Deus, é preciso ter uma autêntica vida de oração. O líder precisa estar em sintonia com Deus.
Oração e escuta da vontade de Deus, antes de tomar qualquer decisão na equipe, é muito importante. Não podemos esquecer quem de fato nos governa e dirige nossas vidas e a vida daqueles que servem conosco. Essa atitude tomada por Jesus e que deve ser imitada por todos nós que temos a missão de guiar, liderar, nos garante fazer a coisa certa, do jeito certo. Um dos terríveis perigos, eu creio que o maior se tratando de uma liderança Shalom, é a falta de oração, pessoal e comunitária da parte do líder.
Orar pela equipe, pelo ministério e coordenação que me foi confiado deve ser algo muito normal e constante no dia-a-dia de um bom líder. O líder que procede assim entendeu bem sua missão e o devido lugar do Senhor no seu ministério: o centro. Esse líder entendeu que o povo que lhe foi confiado pertence ao Senhor, e que deve guiá-lo para Deus e não para mim mesmo.
A oração gera em nós autoridade sobre a equipe. Gera unidade e nesse ambiente há unção, parresia, criatividade e muita iniciativa. Nem precisa lembrar que a falta de oração gera danos lamentáveis a toda equipe, e que conseqüentemente não terá resultados os trabalhos desempenhados pela mesma.
O líder precisa estar atento para não se deixar levar pelo ativismo que tanto tenta nos roubar da intimidade diária com o Senhor. Cuidado com o excesso de compromissos, nada de querer “abraçar o mundo com as pernas”, pois isso é engano. Em nossa missão, precisamos estar em profunda sintonia com o Senhor, com Sua santa vontade.
É preciso ter vida de oração. Isso define se somos bons líderes ou não.
Vanilton Lima