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Adília de Castro
Missionária da Com. Shalom Em Fortaleza
Estava na internet lendo uns e-mails quando abri umamensagem de uma irmã de Belo Horizonte. Ela falava acerca de uma famíliacomposta de um casal e três filhinhas; uma de seis, outra de dois e uma outrade um ano de idade, que estavam desejando vir para o Fórum Carismático, mashavia uma questão no ar: Será que alguém acolheria uma família com trêscrianças tão pequenas?
No mesmo instante senti que meu coração queimava! Senhor,como somos centrados em nós mesmos! Na nossa vidinha, no nosso mundinho, às vezestão medíocre!
Consultei nossafamília porque seria um desalojar total. Seríamos remanejados em todos ossentidos e, logicamente, não haveria “o meu espaço”, mas, uma certa desordem nolar, além de ruidinhos preciosos, como o choro de uma criança.
Interessante! Conversamos diversas vezes sobre como seria oesquema para que eles ficassem bem acomodados e, chegamos à conclusão que, sedispuséssemos de dois quartos seria de bom tamanho.
Neste meio tempo estávamos fazendo uma reforma num banheirode nossa casa. Tínhamos quase certeza que ficaria pronto a tempo. Foi no“quase”, que escorregamos e, na semana em que nossos irmãos chegaram, a casamais parecia uma Feira Livre. Acresce que hospedamos ainda uma outra pessoa euma neta de uma amiga que estaria viajando neste período e não tinha com quemdeixá-la, ou seja, ao invés de oito pessoas, teríamos quinze, além dospedreiros “zanzando” pela casa o tempo todo e com bastante barulho.
É ou não um caos?
Surpresa! A linda família chegou e quis ficar em um só quartopor causa da pouca idade das crianças, o que, nos levou a re-equacionar osdormitórios. Por qual razão iniciei o texto afirmando que Deus age no caos?
Porque não existefelicidade maior do que doar-se e, como dizia Madre Teresa de Calcutá, doar-seaté doer, pois este doer é de tal ordem que nos transforma em molas propulsorasda paz e nos torna incansáveis na busca do bem-estar do outro. E tudo o mais ésecundário!
Vivemos dias intensos de partilha, convivência e alegria.Sorrimos e gargalhamos unidos como se há muito nos conhecêssemos. Não houveespaço para queixas nem murmurações. Fazíamos tudo em comum. Pouco nosimportava se a mesa era apertada na hora das refeições, ou se nos amontoávamosdentro dos carros, ou ainda, onde e com quem dormiríamos. Foi uma festa deamor!
Sim, Deus age no caos! Quanta fraternidade foi gerada nesteagradável convívio!
Nunca devemos ter medo de amar! “É o amor que dá a vida!” (Papa Bento XVI).
O irmão nos permitesair de nós mesmos e neste êxodo, sem dúvida, encontramos Jesus Cristo, oRessuscitado que passou pela Cruz. O nosso Amado, o Amado de nossa alma. Nooutro! No irmão! Naquele que me busca porque precisa e espera ser amado.
Simples assim! Descomplicado! Apenas dizendo uma pequeninapalavra: Sim!
Os irmãos – quase todos – já retornaram às suas cidades e àssuas casas. Na nossa ficou um vazio! Todos sentimos falta da Kaká, da Brubru(do seu leite com chocolate “sem bater, sem açúcar e sem mexer”), da Jujuzinha,da Márcia e do Alexandre! A nossa alma alargou-se com suas presenças em tornode nós.
Como Deus é bom! Como se aproveita das situaçõesaparentemente incríveis para agir poderosamente em nossas vidas! É neste Deusque eu creio! É a ele que amo e sirvo!
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo e que nospermite amar e ainda nos presenteia com o dom dos irmãos!
Sim, o caos é húmus para Deus!