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Deus existe?

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A inteligência humana diante da beleza e perfeição do universo descobre que houve, de início, Alguém inteligente e poderoso que deu origem ao mundo. Esta reflexão tão simples, lógica e evidente nos parece que torna incompreensível a negação da existência de um Ser superior que deu origem a tudo. Todavia muitos, no passado e no presente, recusam aceitar a existência de Deus. Leonel Franca faz a análise do ateísmo no seu livro “Psicologia da Fé”, com admirável intuição.

Foi Nietsche que proclamou a morte de Deus e declarou: “Nós o matamos!” E Marx chegou a afirmar que a vida é insuportável, porque “a religião, ópio do povo, cria em nós a esperança de uma vida futura melhor, no além, e nos faz adormecer para a tarefa da transformação da sociedade”.

Há quem diga que a ciência descarta a fé, por ser uma esponja enorme que vai apagando, na lousa da história, as imagens míticas, por ser a religião etapa própria da infância da humanidade.

Entre nós, Niemeyer – o grande arquiteto que tantas belezas semeou pelo Brasil – confessa: “não tenho religião. Para mim a ciência explica tudo. Mas a idéia de morte ou de um ser que comanda tudo é um mistério permanente para o homem revoltado com a perspectiva de um dia desaparecer para sempre”.

Em contraposição, Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, afirma: “o universo é inexplicável sem Deus. O homem encontra Deus por trás de cada porta que a ciência consegue abrir”. Kepler, o sábio astrônomo, confessa que, ao observar a ordem do universo, sente-se “como se estivesse lendo um texto divino”. Até Voltaire, que não foi nenhum santo, refletindo sobre a ordem do universo, compara o mundo com um relógio e conclui: “Não posso imaginar que este relógio funcione sem ter um relojoeiro”.

O saudoso João Paulo II, numa mensagem ao diretor do Observatório astronômico do Vaticano, escreve: “A unidade que almejamos entre a fé e a ciência não é identidade. A Igreja não propõe que a ciência se torne religião ou a religião se torne ciência. Ao contrário, a unidade supõe sempre diversidade e integridade de seus elementos (…) Para que sejam mais claras, tanto a religião como a ciência devem conservar sua autonomia e distinção. A religião não se funda na ciência nem a ciência é extensão da religião”.

Para nós, cristãos, que recebemos a revelação de que Deus é uno e trino, a existência divina é uma verdade clara e evidente. Mais: Deus é o criador e pai, que nos ama e nos assiste em todos os momentos da vida. Ao nosso Deus, que nos deu a existência e nos destina à felicidade de seu convívio, o tributo de nossa fé e de nosso agradecido e filial amor.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Fonte: CNBB


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