Olá, me chamo Roberta, tenho 39 anos e faço parte da Obra Shalom há 4 anos, participo do grupo de oração El Shaddai, atualmente estou no ministério do celeiro de pastoreio. Vou falar um pouco de como conheci o Shalom Sobral.
Conheço o Shalom há muito tempo. Antes mesmo do Shalom plantar a sua missão aqui em Sobral eu já bebia do Carisma, conheci em 1995. Em 1997 fui para o Congresso Carismático que aconteceu no colégio Geo Dunas em Fortaleza, lá conheci o padre Daniel Lange, o padre Zeca, primeiro padre revolucionário. Eu fazia parte de outra Comunidade, já cresci dentro desse movimento, comecei a frequentar aos 9 anos de idade porque minha mãe fazia parte e me levava com ela. Então movida por um problema de saúde fui conhecendo mais a Renovação Carismática. Nessa outra Comunidade na qual fazia parte eu já bebia do Carisma Shalom através das formações que tinha como ápice Maria. Tínhamos pregações do Carmadélio, do Moysés e da Emmir, também cheguei a ir para o Halleluya quando era no parque do Cocó, então tocava no Carisma dessa forma.
Por volta de 2004 os primeiros missionários chegaram em Sobral para conhecer e para implantar a obra Shalom, nunca imaginei que o Shalom viria para cá, porque era tão distante da minha realidade na época. Então como eu já fazia parte de uma Comunidade nós fizemos uma acolhida para esses missionários e eu fiquei muito amiga do missionário Wedson na época, fomos vivendo o carisma deles e tudo era muito novo para mim mesmo já tendo visto as formações mas a forma de viver é diferente, tanto que me surpreendi com a forma que vivem os missionários da Comunidade de Vida, fizemos a acolhida e a despedida também.
O Shalom ainda era um pouco oculto em aqui em Sobral, porque já existiam outras comunidades mais conhecidas, então prossegui na minha Comunidade. Casei, esse foi meu primeiro casamento que me fez distanciar das coisas de Deus, passei um bom tempo longe, cheguei a passar 8 anos longe da Comunidade, me divorciei e isso me fazia sentir vergonha porque via como um pecado e sentia vergonha de voltar. Tive um segundo casamento com uma pessoa evangélica, que aí realmente não voltei para Deus, não cheguei a ser evangélica, mas me fez me distanciar cada vez mais dos caminhos de Deus, foram mais ou menos 10 anos. Engravidei, e minha gravidez era de risco, então voltei para a casa de Deus. Conheci a Comunidade Mãe da Providência e lá passei 5 anos, mas eu não me encontrava, até que fui convidada para um grupo aberto no Shalom, na época o Centro de Evangélico era no Junco.
Quando cheguei lá eu não tinha noção que missão tinha crescido tanto, fiquei impactada e louvava a Deus pelos seus feitos. Ao voltar em 2018, já divorciada, com um filho já grande, me sentia ainda fora porque estava muito tempo afastada de Deus, me sentia como o filho pródigo que estava voltando e Deus parou o tempo para me esperar. Eu tinha muito medo de voltar e do olhar das pessoas, e quando eu chego no Shalom realmente Deus tinha me esperado, me sentia em casa, as pessoas me acolhiam, não olharam me passado que causou tantas marcas em mim, mas eles estavam ali para me receber com alegria. E o que me encantava no Shalom na época que eu era jovem e ainda me encanta cada vez mais é o cuidado, o zelo pelo Sagrado, nada acontece por acaso, nem de qualquer jeito, tudo tem um propósito, tudo tem Deus, estou no ministério do Celeiro, eu estou sendo formada para formar outras pessoas e isso me encanta.
E depois de tanto tempo me vejo na Comunidade Shalom como membro da Obra Shalom, a sensação que eu tenho é que Deus parou o tempo para me esperar, desde então eu continuo no grupo de oração, hoje minha filha tem 13 anos e é um milagre na minha vida porque eu não podia ter filhos, ela também faz parte desta obra. Nada foi por acaso na minha vida, Deus se utilizou de tudo e nunca me abandonou, então eu digo que eu sempre fui Shalom e hoje eu estou no Shalom, essa obra me encanta, é o meu sustento, costumo dizer que encontrei o meu lugar.
Por Ana Roberta Araújo da Silva