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Dia da Verdade: Papa Francisco fala sobre o modo que o cristão deve transmiti-la

No dia 3 de abril é o dia da verdade, dois dias depois do famoso dia da mentira, e o Santo Padre fez afirmações muito importantes sobre a verdade e a forma como ela deve ser comunicada pelos cristãos.

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Foto: Reprodução

No dia 3 de abril é o dia da verdade, dois dias depois do famoso dia da mentira, e o Papa Francisco fez afirmações muito importantes sobre a verdade e a forma como ela deve ser comunicada pelos cristãos na Mensagem pelo 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais, do ano de 2023. Nela, o Pontífice destacou a importância de se falar a verdade sempre com amor, fazendo o anúncio do Evangelho com caridade e respeito a todo momento. “Não devemos ter medo de proclamar a verdade, por vezes incomoda, mas de o fazer sem amor, sem coração”, disse ele.

De acordo com o Papa Francisco, só se pode comunicar bem com o coração quando ele está purificado, pois um coração cheio de mágoas e indiferença é incapaz de ver além das aparências e de anunciar a verdade de Cristo, mas pelo contrário, é capaz de falsificá-la e instrumentalizá-la para seu próprio benefício.

“[…] Só ouvindo e falando com o coração puro é que podemos ver para além das aparências, superando o rumor confuso que, mesmo no campo da informação, não nos ajuda a fazer o discernimento na complexidade do mundo em que vivemos. O apelo para se falar com o coração interpela radicalmente este nosso tempo, tão propenso à indiferença e à indignação, baseada por vezes até na desinformação que falsifica e instrumentaliza a verdade”, diz o Papa Francisco.

Responsabilidade sobre a verdade

Ele ainda chama a atenção para a responsabilidade de todos os cristãos de viver e falar sobre a verdade, não sendo isso uma exclusividade dos agentes de comunicação. Explica também que devemos sempre evitar que palavras más saiam da nossa boca, mas estejamos sempre prontos para dizer palavras que edifiquem, bendigam e anunciem o Amor.

“[…] O empenho em prol duma comunicação «de coração e braços abertos» não diz respeito exclusivamente aos agentes da informação, mas é responsabilidade de cada um. Todos somos chamados a procurar a verdade e a dizê-la, fazendo-o com amor. De modo particular nós, cristãos, somos exortados a guardar continuamente a língua do mal (cf. Sl 34, 14), pois com ela – como ensina a Escritura – podemos bendizer o Senhor e amaldiçoar os homens feitos à semelhança de Deus (cf. Tg 3, 9). Da nossa boca, não deveriam sair palavras más, «mas apenas a que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para aqueles que a escutam» (Ef 4, 29)”, explica.

Anúncio de coração a coração 

Há ainda a necessidade de uma comunicação que ajude as pessoas a encontrarem a Verdade sem que surja uma aversão a ela, e isso passa pela forma como ela é anunciada, deve ser sempre de coração para coração.

“Precisamos daquele falar amável no âmbito dos mass media, para que a comunicação não fomente uma aversão que exaspere, gere ódio e conduza ao confronto, mas ajude as pessoas a refletir calmamente, a decifrar com espírito crítico e sempre respeitoso a realidade onde vivem. Na Igreja, temos urgente necessidade duma comunicação que inflame os corações, seja bálsamo nas feridas e ilumine o caminho dos irmãos e irmãs”, conta o Pontífice.

O Santo Padre fala ainda de como ele sonha que seja a comunicação: que tenha a relação com Deus e com o outro no centro, humilde, criativa, profética e cheia do Espírito Santo. Dessa forma, a verdade deve ser dita por todos, e deve chegar aos corações e almas que precisam desse anúncio.

“Sonho uma comunicação eclesial que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, gentil e ao mesmo tempo profética, capaz de encontrar novas formas e modalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro milênio. Uma comunicação que coloque no centro a relação com Deus e com o próximo, especialmente o mais necessitado, e esteja mais preocupada em acender o fogo da fé do que em preservar as cinzas de uma identidade autorreferencial. Uma comunicação, cujas bases sejam a humildade no escutar e o desassombro no falar e que nunca separe a verdade do amor,” comenta.

Promoção da cultura de paz

O Santo Padre também destacou a importância da comunicação promover uma cultura de paz e que semeie a reconciliação dos corações com Deus e com os outros. “Hoje é tão necessário falar com o coração para promover uma cultura de paz, onde há guerra; para abrir sendas que permitam o diálogo e a reconciliação, onde campeiam o ódio e a inimizade”, disse.

“Que o Senhor Jesus, Palavra de verdade e caridade, nos ajude a dizer a verdade no amor, para nos sentirmos guardiões uns dos outros”, finalizou o Papa Francisco.

>> Leia a mensagem na íntegra aqui

Aline Rodrigues
Núcleo de Jornalismo

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