Uma data muito comercial, e até mesmo quase desconhecida, mas eis que ela existe: o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que foi comemorado, pela primeira vez, em 15 de março de 1983. Essa data foi escolhida em razão do famoso discurso feito, em 15 de março de 1962, pelo então presidente dos EUA, John Kennedy. Ele salientou, na ocasião, que todo consumidor tem direito, essencialmente, à segurança, à informação, à escolha e de ser ouvido. Isto foi considerado um marco na defesa dos direitos dos consumidores.
Para além do contexto institucional a cerca da data, sabemos que o ato de consumir faz parte da nossa vida a todo momento. Supermercados, shoppings, lanchonete, redes sociais, meios de comunicação, até nas relações de amizade, estamos sempre consumindo algo. E estamos sendo bombardeados com mensagens que estimulam o consumo. Pode ser uma mensagem publicitária explícita ou um conteúdo subliminar, todas as informações ao nosso redor vendem alguma coisa.
Vamos pensar no contexto da pandemia. Você reparou que muitos serviços migraram para o ambiente digital, por força da quarentena, e que a estratégia mais usada, neste tempo, tem sido uma semana temática online com conteúdo gratuito? É a semana do coaching, para vender este tipo de formação, a semana saudável, com dicas gastronômicas e fitness, a semana do francês, para aprender o idioma, a semana da inteligência emocional, do engajamento, do bolo e por aí vai. Tudo com conteúdo grátis e online.
Se você embarcar numa dessas, logo eles te oferecem acesso a um grupo no Telegram para te notificar das aulas, para te enviar mais conteúdo de vídeos, lives, maratonas, desafios. Todos, em algum momento, querem vender um curso bem mais extenso, um ebook, um livro, um mapa astral…
Para além de uma fórmula de venda, que já deixou todo mundo desgastado com a mesma receita estratégica, queremos refletir sobre o ato de consumir. No Natal do ano passado, o Papa Francisco nos deu um forte conselho. “Para que Jesus nasça em nós, preparemos o coração, rezemos, não nos deixemos levar pelo consumismo. ‘Ah, tenho que comprar presentes, tenho que fazer isto, isto…’ Aquele frenesi de fazer coisas, coisas, coisas… o importante é Jesus. O consumismo, irmãos e irmãs, nos sequestrou o Natal. O consumismo não está na manjedoura de Belém: ali está a realidade, a pobreza, o amor. Preparemos o coração como o de Maria: livre do mal, acolhedor, pronto para receber Deus”, exortou o Pontífice.
Hoje não é Natal, mas é Quaresma, tempo de conversão. Queremos te convidar a consumir o que alimenta tua alma, tua fé, tua vida espiritual. Queremos respeitar seus direitos, sua inteligência, sua vocação de filho de Deus.
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