Os portões e portas da Paróquia Nossa Senhora do Carmo estavam escancarados no último sábado (17), recebendo gente de todo lugar. É que a Comunidade Católica Shalom, a pedido do papa Francisco, realizou diversas ações para celebrar o Dia Mundial do Pobre. O evento contou com aproximadamente mil participantes, entre voluntários e pessoas em situação de rua.
No espaço: cabeleireiros, manicures, barbeiros, médicos, todos à disposição dos mais vulneráveis, com o objetivo de promover a dignidade de inúmeras pessoas que adotaram as ruas do centro de Fortaleza como suas casas. Para além destes serviços, os participantes também puderam contar com os membros do ministério de Oração e Aconselhamento, que estavam prontos para acolher, escutar, rezar e amar. Ao final de tudo, uma missa e um almoço dedicados exclusivamente a este público.
Para Paulo Vitor, da assessoria de Promoção Humana, celebrar o Dia do Pobre é uma das formas de dar provas de amor a Deus. “Viver foi o dia do pobre foi uma experiência que me fez refletir e rezar. O papa Francisco diz em sua carta que o pobre é aquele que pede a Deus uma intervenção, e Deus vem em socorro desta súplica. É o Senhor quem responde a necessidade mais profunda que o pobre traz. Naquele dia, na igreja do Carmo, eu pude ver que existiam pessoas que gritavam, talvez não verbalmente, mas faziam um pedido de socorro a Deus. E nós pudemos parar para escutar a necessidade do outro, o grito do mais pobre. E olhar para a pessoa em situação de rua como uma oportunidade de dar uma prova de amor a Deus. Encontrar no mais necessitado um grande tesouro, ver nele o próprio Cristo”, disse.
Priscila Macêdo