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Diário da Quarentena #4: Eu acredito estar lidando bem com a situação

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Foto: Unsplash

Querido Diário,

Meu nome é Laura Nobre, sou membro da Obra Shalom em Guarulhos e, bom, hoje é o dia 57192 da quarentena e eu acredito estar lidando bem com a situação. Apesar de ter tido alguns surtos ao longo do isolamento, eu tenho tentado entender tudo o que está acontecendo e venho me preparando emocionalmente para não me abalar.

Basicamente o que tenho feito nos dias se resume em: acordar, ler um pouco, tomar café em família (mas nada a ver com comercial de margarina), me inscrevi em alguns cursos online, cujo os assuntos me interessam muito, como a questão dos refugiados. Também estou fazendo aulas aeróbicas com a minha mãe, já que ela tem me incentivado a sair do sedentarismo. Faço algumas atividades relacionadas à escola, que eu estou atrasada, e mantenho meu relacionamento com Deus através de Sua palavra, porque esta me conforta e me dá esperanças para continuar lutando contra um vírus tão pequeno, mas que faz estragos enormes.

Além disso, a convivência é essencial tanto com a família quanto com os amigos, onde estar nos grupos de oração aos sábados me acalma e me deixa mais fiel a minha espiritualidade. Ligar para os meus amigos e conversar sobre coisas da vida, lembrar momentos icônicos me tira as melhores risadas e, mesmo longe, sei que estamos perto.

Sobre estar com a família: muitos adolescentes abominam o relacionamento entre pais e filhos, mas eu acredito ser fundamental manter uma convivência ativa com eles, e é por isso que quando tomamos café juntos, conversamos (e tudo isso é muito cedo, tipo 7h da manhã), e aí eles lidam com meu mau humor ao acordar, e eu tento acalmar a minha mãe que tem medo da pandemia. Fora tudo isso, a gente joga baralho, tenho minha sessão de filmes e séries com a minha mãe, em que nós aprendemos muitos conceitos sociais e narrativas distintas.

Minha avó, que mora comigo, infelizmente tem Alzheimer e, por isso, os neurônios esqueceram algumas funções básicas do corpo, como ir ao banheiro, então nossa família, em um todo, aqui em casa, tenta cuidar dela como um bebê. Inclusive, temos que colocá-la na cama e, antes de dormir, rezo todas as orações que ela me ensinou, já que foi a minha avó que sempre me manteve no catolicismo, desde que eu era uma cotoquinho.

Bom, é isso por hoje, diário. Boa noite!


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