Na música “Pais e Filhos”, Renato Russo conta a história de uma antiga colega de escola que tirou a própria vida depois de uma discussão com seus pais. É uma música bela e forte, mas ao mesmo tempo triste, sobre o relacionamento literalmente existencial entre pais e filhos.
Nem todos somos pais ou mães, mas todos, sem exceção, somos filhos. Sem um pai e uma mãe não existiríamos. Mas o fato de ser existencial vai além: na medida em que crescemos, vamos descobrindo que somos muito (mas muito!) parecidos com eles. Nossos pais têm uma história que também é a nossa, mas que nem sempre conhecemos. Afinal, é preciso lembrar que eles também são filhos.
O Dia das Mães está chegando, mas e se não houver amanhã? Recordo-me do dia em que alguém me interpelou, dizendo: “Diga hoje mesmo aos seus pais que você os ama, pois talvez amanhã seja tarde demais.” Aquilo abriu meus olhos. Recordo-me do grande esforço que precisei fazer para tomar uma atitude drástica: escrevi em um pequeno papel “Pai, eu te amo” e coloquei em cima da mesa de trabalho dele. Depois sumi! Aproveitei que estaria fora todo o fim de semana, pois não sabia como encarar meu pai depois daquilo… Quando voltei, recebi um abraço que nunca mais esqueci. Não somente nosso relacionamento mudou, mas eu mudei, para sempre.
Nem sempre pais e filhos sabem como lidar uns com os outros. É uma mistura de amor e ódio que Renato Russo expressou muito bem:
Quero colo!
Vou fugir de casa!
Posso dormir aqui com vocês?
Primeiro, queremos ser iguais a eles, depois queremos ser melhores e, enfim, acabamos nos tornando muito parecidos. Como dizia o Renato, “Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo. São crianças como você. O que você vai ser quando você crescer?” Somos todos crianças, somos todos filhos aprendendo a viver! E faremos coisas muito parecidas quando chegar a nossa vez.
Somos todos crianças, somos todos filhos aprendendo a viver!
Amanhã é Dia das Mães. Não conheço sua história, nem a da sua mãe, mas não hesitaria em lhe propor algo que pode transformar a vida de vocês: diga a ela que a ama. Aliás, diga hoje! Não convém pensar sobre quem é o culpado de tudo o que passou. Dê um abraço nela, de surpresa, e depois desapareça por uns dias como eu fiz… Não tenho dúvida de que um abraço inesquecível vai transformar a vida de vocês para sempre.
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Preciso de uma ajuda urgente. Caso consigo resolver em particular ficarei grato em nome de um pai prestes a dar um fim no que mais temos de valioso
Misericórdia essa referência… Realmente: “NINGUEM SABE O QUE ACONTECEU!” Não achei uma boa referência.
Porque não achou uma boa referência? Entenda a letra!